Com efeito 100 vezes maior do que o da maconha, K4 é produzida nos grandes centros urbanos
Investigadores da Polícia Civil de Três Lagoas (MS) apreenderam na tarde da última quinta-feira (02) correspondências suspeitas de conter maconha sintética, mais conhecida como K4. O material apreendido foi encaminhado à perícia técnica para constatação dos fatos, o que será possível apenas através do Instituto de Perícias Técnicas de Campo Grande.
Segundo nota enviada pelo Setor de Investigações Gerais (SIG), os investigadores obtiveram informações de que uma mulher de 19 anos, bastante conhecida nos meios policiais, a mando de seu marido, que atualmente se encontra recolhido no sistema prisional local, estaria recebendo drogas sintéticas, via correio. Os policiais constataram que droga vinha camuflada em correspondências endereçadas à investigada, postadas na cidade de São Paulo (SP). As correspondências eram retiradas pela investigada e depois, também de forma camuflada, era inserida no sistema prisional local.
Ao ser abordada, a mulher estava de posse de duas encomendas, as quais ela própria abriu aos policiais e constatou-se que uma das encomendas se tratava de uma caixa de papelão, com produtos de higiene infantil e um macacão, também infantil, além de folhas de caderno, em branco. Já a segunda correspondência, se tratava de um envelope, o qual continha em seu interior folhas de caderno, todas em branco, além de um invólucro plástico, transparente e lacrado, que continha em seu interior um outro envelope vazio, dobrado, com indícios de que estava úmido, ou seja, apresentava manchas.
A investigada relatou que foi buscar as encomendas a pedido de seu marido, informando desconhecer que se tratava de drogas sintéticas. Todo o material foi apreendido e encaminhado à perícia técnica para constatação dos fatos, o que será possível apenas através do Instituto de Perícias Técnicas de Campo Grande.
Sobre a K4
A K4, popularmente conhecida como maconha sintética, é formada por substâncias que simulam ou têm uma reação muito parecida com o THC, que é o princípio ativo da droga, porém, muito mais potente. Na forma líquida, a droga é borrifada em pedaços de papel na tentativa de burlar a vigilância dos agentes penitenciários. Nas unidades prisionais as apreensões desse entorpecente têm sido cada vez mais comuns.
Após ser impregnado com a droga, o papel é seccionado em pequenos segmentos, os quais têm sido comercializados, em média, por R$ 30 cada um. A Polícia Civil ressalta que esse tipo de maconha sintética, bastante alucinógena, vem sendo apreendida em todo o território nacional, de forma camuflada, isso para dificultar sua identificação, bem como facilitar sua entrada no sistema prisional.
Com relação aos fatos, será instaurado inquérito policial por tráfico e associação ao tráfico de entorpecentes e, ao final, encaminhado à Justiça para providências cabíveis. Denúncias podem ser realizadas através dos telefones (67) 3929-1173, (67) 3521-4984 ou (67) 9 9226-8210 (WhatsApp).