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quinta-feira, 21 de agosto, 2025

Conselho Tutelar pede “socorro” à Secretaria de Saúde de TL

10/04/2014 – Atualizado em 10/04/2014

Conselho Tutelar pede “socorro” à Secretaria de Saúde de Três Lagoas

Os conselheiros estão trabalhando muito em prol da saúde de crianças e adolescentes, usuários de drogas, mas necessitam do auxílio do poder público para dar andamento aos trabalhos

Por: Camila Nogueira/ Rayani Santa Cruz

Os Conselheiros Tutelares Miriam Herrera e Rafael Cunha procuraram a Rádio Caçula, na manhã desta quinta-feira (10), para pedir “socorro” e revelar sobre a falta de respaldo e de interesse de órgãos públicos na continuidade ao atendimento de crianças e adolescentes da cidade.

Segundo Miriam, o Conselho não tem conseguido realizar suas funções com êxito integral, já que 50% do trabalho não depende deles. A equipe trabalha com o atendimento direto aos casos de infrações e risco a saúde de crianças e adolescentes, os casos mais preocupantes são o grande número de jovens usuários de drogas que circulam pela cidade. O Conselho Tutelar deve trabalhar em conjunto com a Secretária de Assistência Social e Secretária de Saúde para completar o atendimento e fechar o ciclo.

“50 % é a captação e encaminhamento, mas os outros 50% que seriam a internação, e a assistência, infelizmente não depende da gente.” Afirmou Rafael. Miriam revoltada exclama “A gente nada, nada e morremos na praia!”.
Os conselheiros sentem que os trabalhos são danificados e também, acham que a população sai prejudicada, por conta dessa falha. O alcance do Conselho chega até um determinado ponto, depois é necessário o apoio de outros órgãos como da saúde, educação, infra-estrutura etc.

A reclamação dos membros e principalmente referente a falta de respaldo por parte da Secretaria de Saúde. Segundo eles, existem situações nas quais o apoio da Secretaria é essencial, senão todo o trabalho do Conselho “é jogado no lixo”.

CASOS

Os conselheiros citaram alguns exemplos sobre a necessidade de ajuda de outros órgãos, como no caso de uma menor de idade, usuária de crack, gestante de 5 meses e que sofre distúrbio psicológicos. Conforme a Conselheira a gestante usuária andava pela cidade há bastante tempo, perambulando em “bocas de fumo”.
O Conselho Tutelar interveio na tentativa de retirar a jovem das ruas e fazer a internação em uma clínica de recuperação. Miriam, diz que os primeiros esforços para proteção da saúde da criança e do adolescente são feitos pelo Conselho Tutelar e partir da internação a responsabilidade se torna da Secretaria de Saúde de Três Lagoas. Ou seja, o envio dessas pessoas para clínicas psiquiátricas de onde sairão os laudos de internação, é de responsabilidade da Secretaria.

O pedido de internação foi feito e a gestante foi enviada a uma clínica em Paranaíba ( a cerca de 177 Km de Três Lagoas). Mas nessa clínica, a usuária só poderia permanecer no máximo 28 dias. Miriam Herrera afirma que em 28 dias é impossível tratar um dependente químico. “É uma doença como outra qualquer! Quem está doente precisa ser tratado! E não é em 28 dias que se trata esse tipo de doença!” desabafa a conselheira.

A jovem retornou a Três Lagoas após os 28 dias, mas voltou a frequentar a cracolândia. E na tarde de ontem (09), a gestante, acabou perdendo o bebê.
Como se não bastasse no mesmo dia mais duas gestantes, usuárias de drogas estavam em situações de risco. Uma delas com 2 meses de gestação sofreu graves queimaduras tentando acender um cachimbo de crack. E outra usuária grávida de oito meses foi vista sentada na sarjeta de um terreno baldio usando drogas.

O Conselho Tutelar clama ajuda da Secretaria de Saúde, para tratar desses adolescentes doentes . Cunha afirma que esse respaldo não se dirige apenas ao Conselho Tutelar, mas também as mães e às crianças vítimas das drogas.

Apesar de todos esses problemas, o Conselho Tutelar se diz disposto a enfrentar as dificuldades e trabalhar em prol da integridade e saúde da criança e do adolescente. Os membros afirmam estar dispostos a atender a população, em quaisquer horários, com número de Plantão: 9293-1579.

Usuária gestante pouco se importa com o fato de estar grávida devido ao uso de químicas. Foto: Divulgação

A jovem de camiseta de cor rosa perdeu o bebê nesta quarta-feira. Foto: Jean Souza

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