20/11/2013 – Atualizado em 20/11/2013
Condenado por homicídio, ex-PM de Araçatuba é preso após 7 anos foragido
Por: Ata News
O ex-policial militar de Araçatuba Almirante Petroli Júnior foi preso após ficar cerca de sete anos foragido. Capturado nesta segunda-feira (18) em São José do Rio Preto (SP), ele foi encaminhado para uma unidade penitenciária do Estado.
Almirante foi condenado a 25 anos de prisão por homicídio qualificado, mesmo sem estar presente ao julgamento. O Júri ocorreu no ano passado, em Araçatuba.
Ele foi denunciado por participação no assassinato do pecuarista Luís Sorato Neto. O crime ocorreu em dezembro de 2005, em Araçatuba. De acordo com o Ministério Público, Almirante teria ajudado a planejar a morte de Sorato, junto com a mulher da vítima, Cintia Magda dos Santos Ribeiro Sorato, com quem mantinha um caso amoroso na época.
O caso teve grande repercussão em Araçatuba e região, principalmente depois da prisão de Cintia, em julho de 2006. Desde então, Almirante Petroli Junior estava foragido da Justiça. Ele atuou mais de 10 anos como policial militar na cidade e chegou a patente de cabo antes de ser expulso da corporação.
No processo, foram condenadas cinco pessoas acusadas de envolvimento no homicídio: Cintia Sorato (30 anos de prisão); Almirante Petroli (25 anos de prisão); Anderson Douglas Lopes, o Ninão (20 anos de prisão); Sérgio Alves dos Santos Júnior, o Juninho Olho Verde (25 anos de prisão) e Arlindo Jovino (26 anos e 8 meses de prisão). Todos estão presos em penitenciárias de segurança máxima.
O CRIME
O pecuarista Luís Sorato Neto foi morto a tiros quando tinha 47 anos, em dezembro de 2005. Ele foi abordado por dois homens quando saía de sua propriedade rural, no bairro da Água Limpa, acompanhado da esposa Cintia Magda dos Santos. Meses depois, a Polícia Civil viria descobrir que ela também estava envolvida no crime, praticado por Sérgio e Anderson.
Diante da porteira do sítio, ela desceu do veículo em que se encontravam para abri-la. Nesse momento, os dois assassinos apareceram e abordaram o casal, para simular um roubo. Ela saiu do local e os homens executaram Sorato, atingindo-o na cabeça e no peito.
Cintia Sorato foi presa seis meses depois, após investigação da Polícia Civil que apontou sua participação no planejamento da morte do próprio marido. Conforme denúncia do MP, com a ajuda do ex-PM Almirante e de Arlindo Jovino, ela teria contratado os dois assassinos do marido, que já havia sido alvo, meses antes, de tentativa de homicídio.
Para o MP, o crime teve motivação financeira. Cintia era casada com Sorato havia mais de 20 anos quando o crime aconteceu. Conforme o MP, nesse tempo o casal adquiriu 23 imóveis, incluindo propriedades rurais.
Segundo o MP, Cíntia planejou a morte do marido junto com o ex-PM Almirante, com quem mantinha, na época, segundo o MP, um relacionamento amoroso. Conforme o processo, ela teria prometido pagar R$ 20 mil de recompensa pela morte do pecuarista Luís Sorato
