Geral – 04/04/2013 – 12:04
Apesar de contar com mais recursos em caixa, cerca de R$ 434 milhões, a Prefeitura de Campo Grande tem destinado valores modestos ao pagamento de despesas, conforme mostram números relativos aos dois primeiros meses da gestão de Alcides Bernal (PP).
O valor disponível em caixa era de R$ 577,23 milhões em 28 de fevereiro deste ano (último relatório), conforme a Secretaria Municipal de Planejamento, Finanças e Controle. O montante representa acréscimo de R$ 330,92 milhões sobre o total em caixa em 31 de dezembro de 2012, de R$ 246,3 milhões, ou seja, 134% maior.
Por outro lado, os gastos, no primeiro bimestre deste ano, foram menores que os de igual período de 2012. As despesas liquidadas representaram R$ 143,22 milhões, redução de 29% em relação aos R$ 202,65 milhões relativos aos dois primeiros meses do ano passado. Com isso ainda sobraram R$ 434 milhões no bimestre.
O aumento do caixa foi provocado, sobretudo, pelo avanço das transferências estaduais e federais. Por exemplo, o Fundo de Participação dos Municípios (FPM), o principal repasse federal, somou R$ 23,7 milhões no primeiro bimestre deste ano, 17% a mais os R$ 20,2 milhões recebidos no mesmo intervalo de 2012.
Também veio mais dinheiro do Governo estadual: por exemplo, a parcela do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestações de Serviços (ICMS) destinada à Capital aumentou, no mesmo período, 13% – de R$ 41,3 milhões para R$ 46,8 milhões.
Medida imposta pelo prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP), que suspendeu desde janeiro, quando assumiu o mandato, os pagamentos às empresas que prestam serviço ao município, deixou o mercado apreensivo. A nebulosidade financeira motivada pela inadimplência influi diretamente na segurança dos empregos de pelo menos 5 mil trabalhadores.
O Correio do Estado apurou que ao menos 20 empresas não recebem pelo serviço já executado, entre os quais o da coleta de lixo, desde dezembro passado. Com a falta de pagamento, tais empreendimentos já pensam em mover ações judiciais para garantir o dinheiro que já deveriam ter recebido.
Fonte: Correio do Estado