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Com bala alojada no rosto, eletricista convive com dor há 5 meses

Policial – 30/01/2012 – 08:01

Ildo Wazlawick foi atingido com três tiros no rosto, após acidente de trânsito.

‘Desde aquele dia, a dor é a coisa mais constante na minha vida”, diz Ildo.

O eletricista Ildo Wazlawick, 40 anos, convive há cinco meses com uma bala alojada no rosto. No dia 26 de agosto de 2011, ele foi atingido com três disparos, após discussão ocorrida no trânsito, no bairro Amambaí, em Campo Grande. O eletricista disse ao G1 que convive com dores constantes e optou por não fazer a cirurgia para retirar o projétil, tanto por orientação dos médicos, quanto por medo das consequências do procedimento.

“A dor não para nunca. Desde o dia do fato é uma coisa constante na minha vida”, conta. Wazlawick passou por exames que apontaram o risco que uma cirurgia para a retirar a bala causaria à saúde do eletricista. Ele chegou a viajar para o Paraná para se consultar com o cunhado, que é médico, mas a orientação foi a mesma dos profissionais em Campo Grande.

Além das dores, os movimentos que Wazlawick precisa fazer para realizar o trabalho de eletricista ficaram comprometidos. Ele diz que também passou a ter dificuldades para reconhecer a fisionomia de algumas pessoas.

“Eu não posso virar muito rápido para o lado porque sinto uma tontura forte, também não posso abaixar para arrumar as máquinas”, diz. Wazlawick é proprietário de uma oficina elétrica onde trabalha com conserto de máquinas de lavar e motores elétricos.

Para o médico neurologista, César Augusto Nicolatti, os traumas sofridos no crânio podem causar alterações neurológicas passageiras ou definitivas, dependendo da força do impacto. “Essas lesões frontais alteram a cognição visual e isso pode explicar essa dificuldade de reconhecer as pessoas”. No último exame de raios-x, feito em dezembro, o projétil continua na mesma posição.

Nicolatti, que teve acesso aos exames de raios-x de Wazlawick, a orientação mais adequada é não operar, já que isso poderia ser mais arriscado do que conviver com a dor. “A determinação é retirar o projétil apenas se ele começar a causar transtornos maiores para o paciente”, diz o neurologista.

Discussão

O acidente ocorrido na Joaquim Dornelles, no bairro Amambaí, que resultou nos tiros, no dia 26 de agosto de 2011, tem versões diferentes apresentadas pelos envolvidos. Ildo Wazlawick diz que, após a colisão, foi conversar com o condutor do caminhão pipa, que bateu na traseira do veículo dele. O eletricista disse que o homem estava armado e atirou três vezes, fugindo em seguida.

O condutor do caminhão, Alessandro Lopes Moura, nega o versão do eletricista. Ele disse à polícia que Wazlawick freou bruscamente e, como o caminhão estava carregado com água, não conseguiu parar e bateu na traseira do outro veículo.

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O homem disse que Wazlawick desceu armado, abriu a porta do caminhão e tentou agarrá-lo pelo colarinho da camisa. Foi neste momento, segundo Moura, que ele conseguiu pegar a arma e atirou três vezes. Depois que o eletricista caiu, o motorista fugiu, levando o revólver calibre 38.

No hospital, os médicos constataram que duas balas transfixaram o queixo da vítima. Uma delas atingiu o ombro de Wazlawick. O terceiro projétil entrou pela testa e está no seio paranasal frontal, no osso frontal.

Processo

Moura chegou a ser preso no dia 30 de agosto e foi liberado no dia 21 de novembro, em decorrência do habeas-corpus. No dia 21 de setembro do ano passado, a ação foi aceita pela 2ª Vara do Tribunal do Júri de Campo Grande, com a primeira audiência sendo realizada no dia 28.

O advogado Marcos Ivan Souza, que defende o motorista no processo, disse ao G1 que o cliente agiu em legítima defesa. Souza pede a absolvição do réu e acredita que o processo deve ser finalizado em no máximo dois meses.

Fonte: G1 MS

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