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Cientista brasileiro descobre que Sol é o objeto natural mais redondo

Geral – 02/09/2012 – 10:09

Com ajuda de um satélite da agência espacial americana (Nasa), equipe de cientistas – entre eles, um brasileiro – calculou os diâmetros do Sol e descobriu que o astro é o objeto natural mais redondo já medido. A conclusão deixou os pesquisadores perplexos. Como o Sol não possui uma superfície sólida, deveria ser ligeiramente achatado; mas este achatamento é tão mínimo que faz com que o astro seja quase perfeitamente redondo.

A diferença entre o maior e o menor diâmetro solar tem sido estudada há décadas, por meio de diferentes instrumentos. Agora, os cientistas Jeff Kuhn, Isabelle Scholl – ambos da Universidade do Havaí, nos Estados Unidos –, Rock Bush – da Universidade de Stanford, também americana – e Marcelo Emilio – da Universidade Estadual de Ponta Grossa, no Paraná – acreditam ter encontrado a resposta definitiva.

Para os cálculos, os pesquisadores utilizaram imagens capturadas pelo instrumento Helioseismic and Magnetic Imager (HMI), a bordo do satélite Solar Dynamics Observatory (SDO), da Nasa, localizado no espaço para estudar o Sol. Como o satélite está além da atmosfera terrestre, as imagens feitas por ele não sofrem distorções, ou seja, permitem uma medição da forma solar com precisão inédita.

Os resultados da pesquisa indicam que, se o Sol tivesse 1 quilômetro de diâmetro, a distância entre os pólos Sul e Norte do astro seria apenas 0,017 centímetros menor do que o diâmetro equatorial. Em outras palavras, se o Sol fosse do tamanho de uma bola de futebol, seria tão redondo que a diferença entre o diâmetro mais largo e o mais estreito seria muito menor do que a largura de um fio de cabelo humano.

Os cientistas descobriram ainda que o achatamento solar é constante ao longo do tempo. “Há anos acreditamos que as diferenças em nossas medidas estavam dizendo que o Sol varia, mas estes novos resultados dizem algo diferente. Enquanto tudo mais se altera no astro junto com seu ciclo de manchas solares de 11 anos, o achatamento do Sol não muda”, disse o pesquisador Jeff Kuhn.

O brasileiro Marcelo Emilio explica ainda que estudar o achatamento do Sol é importante porque ele “muda a geometria do campo gravitacional de perfeitamente esférico para uma forma mais complexa”. Segundo ele, isto “perturba a órbita de planetas e outros pequenos corpos do sistema solar”.

A pesquisa será publicada no periódico científico Science. Uma versão online do trabalho já está disponível a partir desta quinta-feira (16) no site Science Express.

Diâmetro solar

A mesma equipe de cientistas foi responsável por realizar o cálculo mais preciso do diâmetro do Sol há alguns meses. Para esta medida, eles também utilizaram imagens capturadas pelo satélite SDO. Entenda o processo aqui, em gráfico e vídeo produzidos por ÉPOCA.

Fonte: Época / NASA

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