08/04/2014 – Atualizado em 08/04/2014
Na mensagem, um diálogo dos bandidos para onde a vítima seria levada
Por: MS Record
A polícia chegou à casa, onde estava o corpo do empresário Erlon Bernal, pelo depoimento de outras pessoas que já haviam sido presas. Na Delegacia de Roubos e Furtos de Veículos de Campo Grande, está o carro que motivou o latrocínio. Durante as investigações a polícia localizou, no celular do pai da vítima, uma mensagem de voz, com um diálogo dos bandidos sobre o local em que o empresário seria levado.
Três pessoas já estão presas e uma menor de idade apreendida. A arma de fogo que teria sido usada para assassinar o empresário, ainda não foi localizada
O carro de Erlon Peterson Pereira Bernal de 32 anos, que motivou o latrocínio agora esta no pátio da delegacia. O veículo que era prata, ficou branco. As placas também foram trocadas por outro carro de Ponta Porã. A funilaria onde a camuflagem foi realizada amanheceu fechada. O funileiro prestou depoimento e disse a polícia que realizou o serviço pelo valor de R$ 2 mil.
De acordo com a família da vítima, o empresário saiu de casa quando foi apresentar o carro a um suposto comprador em uma avenida, na saída da cidade, após anunciar a venda do veículo na internet. A polícia acredita que no momento em que o bandido assumiu o volante para sentir melhor o carro, foi anunciado o roubo.
Durante o processo de investigação a polícia localizou, no celular do pai da vítima, uma mensagem de voz. Era o diálogo dos bandidos sobre o local em que o empresário seria levado.
“Na realidade a ligação em que o pai fez para o filho, ele trouxe essa informação sim, que o filho atendeu de forma diferenciada e o comportamento dele estava diferenciado com respostas objetivas o que não era comum, contudo ao pai ser ouvido no sábado na delegacia, e após ter acesso ao celular do pai, verificou-se que ali existia uma mensagem que o filho deixou no celular dele, não o filho falando, mas o filho deve ter efetivado uma ligação telefônica para o pai e não ouve atendimento e entrou na caixa postal e dali você percebia alguma panorâmica do fato ocorrido”, diz a delegada, Maria de Lourdes Cano.
Assim que a polícia descobriu o local onde o empresário Erlon estava, todo o efetivo foi deslocado para o bairro da região oeste da cidade. Os policiais pularam o muro da casa e ao mesmo tempo já começaram a sentir o forte odor que exalava pelo quintal. O buraco para retirar o corpo do empresário, precisou ser aberto com a ajuda de uma retroescavadeira.
Os bandidos envolveram o corpo em panos, jogaram em uma fossa, e em seguida um puff. Depois jogaram cimento. A fossa foi toda concretada para dificultar a localização do corpo. E não bastasse tamanha crueldade, a polícia ainda ficou chocada com a frieza porque, na casa, estava parte da quadrilha. Um casal vivendo tranquilamente ao lado do corpo do empresário enterrado no quintal.
“Você verifica que os criminosos estão cada vez mais audaciosos, eles não se importam com a vida humana, em trazer tragédias para a família, então o que importa realmente é o dinheiro, pessoas envolvidas que trabalham, como qualquer pessoa, mas preferem ganhar dinheiro falso e preferem matar pessoas”, diz a delegada.
Nos últimos dias parentes da vítima estavam em contato direto com a polícia na tentativa de localizar o rapaz desaparecido. Viaturas entravam e saiam da delegacia a todo momento. Hoje a perícia voltou ao local na tentativa de localizar o projétil da bala que atravessou a cabeça da vítima. Segundo os presos, Erlon Peterson foi executado em um canto do quintal.
“Nós conseguimos localizar o projétil, claro que a necropsia não foi realizada , pode ser que tenha mais alguma notícia e nós tenhamos que voltar”, diz o perito criminal, Amilcar Serra.
Exames para a identificação de vestígios de sangue também foram realizados. Existe a suspeita de que o crime tenha sido um pedido que saiu de dentro do presídio por membros de uma facção criminosa da capital paulista.
“A investigação não vai descartar qualquer fato trazido aos autos e muito menos qualquer participação de membros de facções criminosas ou outra quadrilha qualquer, tudo está sendo apurado e será trazido posteriormente as investigações concluídas”, finaliza a delegada.
Todos os presos já tem passagem pela polícia e já cumpriram pena pelo crime de roubo.

