Dois suspeitos estão presos: o namorado de Carmen e um policial militar da reserva. A Polícia Civil já trata o caso como feminicídio.
A Marinha do Brasil foi acionada para reforçar as buscas pelo corpo de Carmen de Oliveira Alves, mulher trans de 25 anos, desaparecida desde o dia 12 de junho em Ilha Solteira (SP). Ela foi vista pela última vez após sair do campus da Unesp, onde cursava Zootecnia.
As investigações apontam que Carmen foi morta no mesmo dia do desaparecimento e que seu corpo pode ter sido ocultado. Agora, o caso é oficialmente tratado como feminicídio.
Estão presos temporariamente por 30 dias dois suspeitos: Marcos Yuri Amorim, namorado da vítima, e o policial militar da reserva Roberto Carlos de Oliveira. A Justiça autorizou a prisão após análise de dados telefônicos, que indicam que ambos estiveram com Carmen no local do desaparecimento.
De acordo com a investigação, Carmen teria pressionado Yuri a assumir o relacionamento publicamente. Além disso, ela teria descoberto o envolvimento dele em furtos e mantinha documentos comprometedores no notebook.
Cães farejadores já realizaram buscas em uma área do assentamento Estrela da Ilha, onde vive Yuri, mas nada foi encontrado. Com o apoio da Marinha, as buscas agora serão concentradas também nos rios da região, e mergulhadores poderão ser mobilizados caso surjam indícios.
O caso gerou forte comoção nas redes sociais e ganhou repercussão nacional. O pai da vítima, Gerson Romualdo Alves, segue em busca de justiça:
“Precisamos encontrar o corpo da Carmen para termos paz. E que os responsáveis paguem por essa brutalidade.