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quinta-feira, 21 de agosto, 2025

Campanhas nacionais de multivacinação e vacinação contra a poliomielite têm dia D neste sábado (17)

Segundo o Ministério de Saúde, cerca de 11 milhões de crianças menores de cinco anos de idade devem ser vacinadas contra a pólio. Campanha vai até 30 de outubro

17/10/2020 09h23
Por: Marcela Damore

BRASIL – As campanhas nacionais de multivacinação e de vacinação contra a poliomielite têm um Dia D neste sábado (17), quando crianças e adolescentes de até 15 anos poderão atualizar a caderneta de vacinação nos postos de saúde. Crianças de até 5 anos de idade incompletos devem ser imunizadas, também, contra a pólio, conforme o Calendário Nacional de Vacinação.

A multivacinação e a imunização contra a pólio são campanhas separadas que ocorrem ao mesmo tempo; ambas vão até o dia 30 de outubro. Todas as 18 vacinas previstas no calendário são oferecidas de forma gratuita, pelo SUS.

As imunizações protegem contra cerca de 20 doenças: BCG (tuberculose); rotavírus (diarreia); poliomelite oral e intramuscular (paralisia infantil); pentavalente (difteria, tétano, coqueluche, hepatite B, Haemophilus influenza tipo b – Hib); pneumocócica; meningocócica; DTP; tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola); HPV (previne o câncer de colo de útero e verrugas genitais); além das vacinas contra febre amarela, varicela e hepatite A.

Neste ano, também passou a integrar o SUS uma nova vacina, já inserida na campanha: Meningo ACWY, que protege contra meningite e infecções generalizadas, causadas pela bactéria meningococo dos tipos A, C, W e Y.

Na campanha da pólio, a meta do Ministério da Saúde é vacinar cerca de 11 milhões de crianças de 1 a 5 anos de idade incompletos com a Vacina Oral Poliomielite (VOP) desde que já tenham recebido as três doses de Vacina Inativada Poliomielite (VIP).

As crianças menores de um ano de idade (até 11 meses e 29 dias) devem ser vacinadas seletivamente, conforme as indicações do Calendário Nacional de Vacinação, com a VIP.

QUEDA NA COBERTURA

Segundo os índices do Programa Nacional de Imunização (PNI), até o início de outubro, a cobertura vacinal estava em 56,68% para as imunizações infantis. O ideal é que ela fique entre 90% e 95% para garantir proteção contra doenças como sarampo (que tem índice ideal de 95%), coqueluche, meningite e poliomielite.

O baixo índice de imunização já tem consequências: dados do Ministério da Saúde mostram que, até o início de agosto, o país tinha 7,7 mil casos confirmados de sarampo. No ano passado, o Brasil perdeu o certificado de erradicação da doença.

Para Isabella Ballalai, pediatra e vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), o motivo da baixa cobertura é a pandemia de Covid-19, que levou as pessoas a ficarem em casa e não saírem para vacinar os filhos.

“Essa situação se repete no mundo inteiro. Houve uma queda entre 30% e 50%”, afirma Ballalai. A médica lembra que, apesar das quedas vistas nas taxas de imunização no Brasil nos últimos anos, o país continua com uma das melhores coberturas vacinais do mundo.

“Essa cobertura não é simplesmente um número. Sem cobertura vacinal, nós estamos suscetíveis a todas essas doenças – surtos de meningite, retorno da poliomielite”, lembra a pediatra.

“Essas doenças eliminadas só estão eliminadas por causa da vacinação”, pontua Ballalai.

Informações do G1

Menina toma gotinha da vacina contra poliomielite. Foto: Reprodução/EPTV

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