17/09/2015 – Atualizado em 17/09/2015
Por: Ana Carolina Kozara com informações de Carlos Santos e fotos de Rádio Caçula
Desde o dia de seu nascimento, um pequeno Três-Lagoense passa por diversas intervenções médicas, isso porque o menino nasceu com os pés grudados e sua família luta para conseguir uma oportunidade para que o menino seja operado e assim tenha chances de levar uma vida normal.
Janaina Meneses do Carmo, mãe da criança de apenas um ano de idade, contou a equipe de reportagem da Rádio Caçula que seu filho foi gerado na boca do estomago e que durante o desenvolvimento o embrião não teve espaço suficiente para se desenvolver, desta maneira quando chegou ao sétimo mês de gestação os médicos notaram que os pés do bebê acabaram se unindo.
No momento em que a criança nasceu ela foi imediatamente submetida a um procedimento cirúrgico para a separação dos pés, onde foi identificado que seus dedinhos também estavam presos para trás sendo necessário quebrar os ossos e engessar o membro na posição correta.
O bebê foi encaminhado a clinica da criança de Três Lagoas onde semanalmente trocava a tala e realizava o acompanhamento da recuperação, porem em uma dessas visitas a enfermeira e a mãe notaram que a criança estava com uma irritação na pele e após consulta com uma dermatologista foi constatado que o paciente é alérgico a um dos materiais utilizados no gesso sendo necessário interromper o tratamento.
Diante do diagnostico o médico indicou como tratamento alternativo a fisioterapia e Janaína passou a buscar junto ao SUS (Sistema Único de Saúde) uma vaga para seu filho, porem o período de espera era muito grande e desta maneira a mãe buscou auxilio e conseguiu realizar o pagamento de 45 seções, e mesmo sem condições teve que desembolsar R$1350.
Após a realização da fisioterapia o menino novamente foi submetido a novos exames que identificaram que alem da diferença de 2 cm entre as pernas da criança o menino também possui dos joelhos para baixo uma doença chamada nanismo que impede o desenvolvimento adequado dos membros.
Em meio a todos os problemas identificados, o médico informou à mãe que o menino precisa ser submetido a uma cirurgia que ira corrigir a direção do pé e também será realizado um enxerto de osso na panturrilha para que a região seja estimulada a se desenvolver.
O Doutor que trata do caso da criança informou a Janaina que o Hospital Auxiliadora tem médicos capacitados para realizar a cirurgia, porem pela complexidade do procedimento a criança precisa ficar internada na UTI (Unidade de Tratamento Intensivo) e a unidade de saúde so possui leitos disponíveis para crianças com idade superior a dois anos.
Janaina contou a equipe de reportagem que seu filho deve ser submetido a esta intervenção cirúrgica o mais rápido possível, pois de acordo com a equipe médica, conforme a criança vai se desenvolvendo o problema vai se agravando, principalmente nesta fase da vida em que o bebê quer conhecer o mundo e sair andando.
A indicação é que o tratamento seja realizado na cidade de São Paulo ou São José do Rio Preto, já que Três Lagoas não possui estrutura para atender a criança.
A secretária de saúde do município foi acionada porem até o momento não tomou nenhuma atitude no sentido de garantir o direito constitucional desta criança.
A Clínica da Criança alega que é necessário aguardar até que o menino complete dois anos para que assim seja operado e que até esta data o encaminhamento médico ficará arquivado.
Janaina questiona esta determinação já que o próprio médico diz que conforme o tempo passar menores as chances de a criança se recuperar e se diz indignada já que esta buscando todas as maneiras possíveis para que seu filho tenha uma vida normal mas que a burocracia do município esta impedindo que seu filho se recupere.
