Geral – 06/02/2012 – 19:02
Hoje na Folha Ex-técnico da seleção de futebol do Haiti, o brasileiro Edson Tavares, 55, deixou a equipe caribenha em meio às eliminatórias para a Copa-14 no fim do ano passado. À Folha, o treinador carioca relata a vontade de esquecer a passagem pelo país, onde pegou malária e afirma ter sido roubado e ameaçado.
“O último jogo das eliminatórias eu não fiz. Voltei no meio do caminho. Tá besta? Vida lá não vale nada. Para quem perdeu um milhão [ de pessoas] no terremoto [mais de 300 mil], mais 250 mil com cólera [mais de 6.000], para matar bastam US$ 10”, diz.
A reportagem de Marcel Merguizo foi publicada na Folha desta segunda-feira. A íntegra do texto está disponível para assinantes do jornal e do UOL, empresa controlada pelo Grupo Folha, que edita a Folha.
Com passagens pelas seleções da Jordânia, do Vietnã e dezenas de equipes na Ásia, Tavares foi convidado a ser técnico da seleção do Haiti graças à atuação da Viva Rio no país e à ligação da ONG com a federação local. O Haiti é o 80ª colocado do ranking da Fifa e foi eliminado na segunda fase das eliminatórias da América do Norte, Central e Caribe para a Copa-14.
“O meu salário era pago parte pela ONG Viva Rio e parte pela Federação (Haitiana de Futebol), e eles ainda estão me devendo alguns meses”, afirma. “O que foi creditado na minha conta foi roubado. Não sei o que aconteceu. Marquei bobeira, sabe?”.
A Federação Haitiana de Futebol negou estar devendo os salários. Já a ONG Viva Rio assumiu a dívida, mas disse que o valor está disponível para o treinador no Haiti.
Fonte: Folha


