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Brasil será o 15º país a desfilar no Sochi 2014

06/02/2014 – Atualizado em 06/02/2014

Ao todo, 20 representantes do Time Brasil, entre atletas e oficiais, participam do desfile no estádio Fisht, tendo a mineira Jaqueline Mourão como porta-bandeira

Por: Correio do Estado

As competições em Sochi já começaram nesta quinta-feira (06) mas a participação da maior delegação brasileira em uma edição de Jogos Olímpicos de Inverno terá início durante a Cerimônia de Abertura, amanhã, a partir das 14h15min (de Brasília).

Ao todo, 20 representantes do Time Brasil, entre atletas e oficiais, participam do desfile no estádio Fisht, tendo a mineira Jaqueline Mourão como porta-bandeira. O Comitê Organizador promete uma cerimônia impressionante e memorável. Além do tradicional desfile dos atletas, a apresentação de artistas locais e o envolvimento dos espectadores têm tudo para criar um espetáculo inesquecível.

Dos 13 atletas brasileiros classificados, apenas o esquiador Jhonatan Longhi ainda não chegou a Sochi. Os outros 12 atletas titulares desfilarão, assim como os técnicos principais e o chefe da Missão Brasileira, Stefano Arnhold.

A esquiadora Maya Harrisson, que chegaria a Sochi no dia 14, junto a Longhi, antecipou a vinda especialmente para participar da Abertura. Maya chegou à cidade nesta quinta-feira.

No sábado, Maya volta para casa, em Genebra (SUI), e se junta definitivamente à delegação na próxima semana.

“Tenho ótimas lembranças das cerimônias de Vancouver, por isso fiz questão de estar na Abertura em Sochi. Participar dos Jogos Olímpicos é mais do que apenas competir. Alcançar a vaga olímpica foi muito estressante, então quero aproveitar ao máximo a cerimônia”, disse Maya, que competirá no slalom gigante (dia 18) e no slalom (21). “Em Vancouver eu fiquei muito emocionada em desfilar com as cores do Brasil. Quero sentir essa emoção novamente“, disse a atleta.

Mesmo com toda a experiência, a porta-bandeira Jaqueline Mourão afirma que a Cerimônia de Abertura será um momento único em sua carreira. “É um sonho se tornando realidade. Quando comecei no esporte eu nunca poderia imaginar chegar a carregar a Bandeira Brasileira em uma cerimônia olímpica. É muito bom ter esse reconhecimento, além de representar a melhor delegação brasileira de Jogos de Inverno de todos os tempos”, disse Jaqueline, que participará das provas de cross country e biatlo. Ela será a única latino-americana nas provas de biatlo em Sochi.

Jaqueline é também a única – entre homens e mulheres – a competir em duas edições de Verão e três de Inverno. As cinco edições de Jogos no currículo dão a Jaqueline mais um recorde: ela se igualou a Fofão (vôlei) e Formiga (futebol), com o maior número de participações olímpicas entre as mulheres brasileiras.

Bem menos experiente que Jaqueline Mourão, Josi Santos, que fará sua estreia olímpica, não vê a hora de desfilar no estádio Fisht. “Será uma experiência única e acredito que uma festa muito bonita. Já imagino todos os países desfilando e as bandeiras. Tenho certeza de que vai ser uma emoção espetacular”, disse Josi. “Sonhei com esse momento a vida inteira e estou com o coração aberto para os Jogos Olímpicos”, conclui Josi, que competirá no esqui aéreo.

O Brasil participa dos Jogos Sochi 2014 quebrando recordes de atletas e modalidades classificadas – 13 atletas em sete modalidades, com estreias no bobsled feminino, patinação artística, esqui aéreo e biatlo. Além disso, o Time Brasil é a maior delegação latino-americana em Sochi. Em algumas modalidades, apenas os 25 melhores atletas do mundo podem participar.

“A Cerimônia de Abertura será um momento inesquecível para os esportes de inverno do Brasil, marcando o início de uma participação muito especial. Sochi será um orgulho para nossos atletas pioneiros que construíram esta historia participando de seis edições olímpicas anteriores para que pudéssemos hoje estar aqui quebrando recordes”, afirmou Stefano Arnhod, chefe da Missão Brasileira.

A maior delegação brasileira em Jogos Olímpicos de Inverno antes de Sochi disputou Salt Lake 2002 com dez atletas em quatro modalidades. Na última edição, em Vancouver 2010, o Brasil participou com cinco atletas em três modalidades. A primeira participação brasileira foi em Albertville, em 1992.

Foto: Divulgação CBDNJaqueline Mourão será a porta-bandeira da delegacação

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A balança comercial da Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (ABIA) registrou uma queda de US$ 300 milhões nas exportações de alimentos industrializados em agosto, o que representa uma retração de 4,8% em relação a julho. No total, o setor exportou US$ 5,9 bilhões no mês. O principal fator para a queda foi a redução nas compras dos Estados Unidos, que importaram US$ 332,7 milhões em agosto — queda de 27,7% em relação a julho e de 19,9% na comparação com agosto de 2024. TARIFA Segundo a ABIA, o resultado reflete a nova tarifa de 50% imposta pelo governo norte-americano sobre produtos brasileiros, além da antecipação de embarques em julho, antes da entrada em vigor da medida. Em julho, os EUA haviam importado US$ 460,1 milhões em alimentos industrializados do Brasil. Os produtos mais afetados foram: Açúcares: queda de 69,5% Proteínas animais: recuo de 45,8% Preparações alimentícias: baixa de 37,5% INFLEXÃO “O desempenho das exportações nos dois últimos meses evidencia uma inflexão clara: o crescimento expressivo de julho foi seguido por ajuste em agosto, sobretudo nos EUA, impactados pela nova tarifa, enquanto a China reforçou seu papel como mercado âncora”, afirmou João Dornellas, presidente executivo da ABIA. Segundo Dornellas, a retração indica a necessidade de o Brasil diversificar seus parceiros comerciais e ampliar sua capacidade de negociação. MÉXICO Com a queda nas exportações aos EUA, o México despontou como um dos mercados em ascensão. As exportações para o país cresceram 43% em agosto, totalizando US$ 221,15 milhões — cerca de 3,8% do total. O principal produto comprado pelos mexicanos foram proteínas animais. “O avanço do México, que coincide com a retração das vendas aos Estados Unidos, indica um possível redirecionamento de fluxos e a abertura de novas rotas comerciais, movimento que ainda requer monitoramento para identificar se terá caráter estrutural ou apenas conjuntural”, afirmou a ABIA. IMPACTO A projeção da entidade é de que os impactos da tarifa norte-americana se intensifiquem no acumulado de 2025. Entre agosto e dezembro, a estimativa é de uma retração de 80% nas vendas para os EUA dos produtos atingidos pela tarifa, com perda acumulada de US$ 1,351 bilhão. CHINA A China manteve a liderança entre os compradores de alimentos industrializados brasileiros, com importações de US$ 1,32 bilhão em agosto — alta de 10,9% sobre julho e de 51% em relação ao mesmo mês de 2024. O país asiático respondeu por 22,4% das exportações do setor no mês. OUTROS Outros mercados apresentaram desempenho negativo: Liga Árabe: queda de 5,2%, com US$ 838,4 milhões importados União Europeia: retração de 14,8% sobre julho e de 24,6% na comparação com agosto de 2024, com compras de US$ 657 milhões No acumulado de janeiro a julho de 2025, as exportações do setor somaram US$ 36,44 bilhões, uma leve queda de 0,3% em relação ao mesmo período de 2024. A principal causa foi a menor produção de açúcar durante a entressafra. SUCO Um dos poucos segmentos que registrou crescimento foi a indústria de suco de laranja, que não foi afetada pelas tarifas. Em agosto, o setor teve alta de 6,8% em relação a agosto de 2024, embora tenha recuado 11% frente a julho por causa da antecipação de embarques. EMPREGO A indústria de alimentos fechou julho com 2,114 milhões de empregos formais e diretos. No comparativo interanual, o setor criou 67,1 mil novas vagas entre julho de 2024 e julho de 2025, o que representa crescimento de 3,3%. Somente em 2025, foram abertos 39,7 mil postos diretos e outros 159 mil na cadeia produtiva, incluindo agricultura, pecuária, embalagens, máquinas e equipamentos.