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quarta-feira, 15 de outubro, 2025

Brasil registra melhora na média de Desenvolvimento Sustentável

Índice sobe para 49,9 pontos, mas desigualdade territorial e concentração de problemas em Norte e Nordeste preocupam

O Índice de Desenvolvimento Sustentável das Cidades (IDSC-BR) de 2025, divulgado nesta quarta-feira (15), em Brasília, revelou um avanço na média de sustentabilidade do país, que atingiu 49,9 pontos em uma escala de zero a 100. O número, embora ainda posicione o Brasil em uma classificação geral baixa, representa uma melhora significativa em relação aos 46,7 pontos registrados em 2024.

“Isso é uma grande notícia para o país. Onde vivem 90% da população brasileira nós estamos conseguindo ter uma inflexão, pela primeira vez em dez anos. Isso não significa que não tenha cidades que melhoraram nesse período de dez anos, mas na média”, destacou Jorge Abrahão, diretor-presidente do Instituto Cidades Sustentáveis, responsável pela pesquisa.

AVANÇO

O índice mede os progressos e desafios enfrentados pelos municípios brasileiros no cumprimento dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030, utilizando 100 índices nacionais. Os municípios são classificados em cinco níveis: muito baixo, baixo, médio, alto e muito alto.

Em 2025, houve um aumento no número de cidades que alcançaram a classificação MÉDIA, totalizando 47% dos municípios. Em comparação, 45,7% permaneceram na classificação BAIXA. Em 2024, 51,3% das 5.570 cidades analisadas estavam no nível baixo. Embora nenhuma cidade brasileira tenha atingido o nível MUITO alto este ano, 3% alcançaram a classificação ALTA, e 3,8% se mantiveram na MUITO baixa.

DESIGUALDADE

Apesar da melhora na média nacional, os dados do IDSC-BR 2025 continuam a evidenciar uma acentuada desigualdade territorial. Segundo Jorge Abrahão, “A gente observa que o Norte e o Nordeste do país têm grandes desafios”.

Entre as maiores cidades, São José dos Campos (SP), São Paulo e Brasília registraram os melhores níveis de desenvolvimento sustentável, com pontuações de 58,3; 57,9 e 57,6, respectivamente. Os piores índices foram observados em Belém (40,1), Maceió (41,7) e São Luís (42,2).

Os resultados e um mapa interativo podem ser consultados por meio de uma plataforma na internet, que permite recortes por ODS, estado ou bioma.

COMPROMISSO

Os 17 ODS integram a Agenda 2030, um plano de ação global da Organização das Nações Unidas (ONU), consensual entre 193 países desde 2015, que visa erradicar a pobreza, proteger o planeta e garantir a segurança climática.

No lançamento do índice, durante o Fórum de Desenvolvimento Sustentável das Cidades, em Brasília, Lavito Bacarissa, secretário-executivo da Comissão Nacional para os ODS, reforçou a importância da Agenda 2030 para a gestão local. “Quando a gente fala com as gestoras e gestores municipais, locais e líderes territoriais, a gente fala da Agenda 2030 como um instrumento importante de desenvolvimento daquele território, com uma lógica de objetivos, metas e indicadores”, afirmou.

CLIMA

Após a apresentação do IDSC-BR, a Frente Nacional de Prefeitos e Prefeitas (FNP) lançou a Declaração das Cidades pelo Clima na COP30, um chamado para o enfrentamento da emergência climática, perda de biodiversidade e desigualdades sociais. O documento elenca dez ações territoriais necessárias, incluindo cuidados com ar, água e solo, gestão de riscos climáticos, aumento de áreas verdes e promoção de justiça climática. A adesão voluntária dos municípios poderá ser feita até a realização da COP30, em Belém, em novembro deste ano.

Com informações Agência Brasil

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