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‘Bombas’ calóricas da praia podem acabar com a boa forma no verão

Saúde – 15/01/2012 – 10:01

Lula frita, batida, cerveja e cachorro-quente podem ter juntos até 2 mil kcal.

Ideal é levar isopor com alimentos saudáveis e se hidratar o tempo todo.

Praia é lugar de diversão, banho de mar e de sol. Mas é também uma armadilha para quem quer manter a silhueta enxuta no verão. Isso porque, segundo os nutricionistas, ao passar o dia todo em atividades no calor, as pessoas sentem mais fome e perdem a conta do que ingerem.

Por exemplo, uma pequena porção de lula à milanesa (com cinco unidades), um copo de batida de frutas com leite condensado, um cachorro-quente com mostarda, catchup e maionese e uma lata de cerveja podem ter juntos até duas mil calorias — ou seja, a quantidade média recomendada para um adulto em um dia inteiro.

Alimento e porção Valor calórico (em kcal)

X-picanha com queijo, bacon, ovo frito e maionese 1.090

Lula à milanesa – 5 unidades 730

Cachorro-quente com mostarda, ketchup e maionese – 1 unidade média 610

Batida de frutas com leite condensado – 1 copo (200 ml) 505

X-burguer com maionese 430

Batata frita – 1 pires 420

Pastel sabor pizza – 1 unidade média (120 g) 370

Tapioca de queijo – 1 unidade 365

Açaí com 1 banana e 1 colher de sopa de granola 355

Churros com doce de leite – 1 unidade média 320

Caipirinha de cachaça com açúcar – 1 copo (200 ml) 300

Acarajé – 1 unidade 280

Sanduíche natural (dois pães integrais, queijo, peito de peru, alface, tomate e cenoura) 260

Picolé de chocolate com crosta de chocolate ou de casquinha industrializado 250

Empada – 1 unidade (50 g) 235

Biscoito de polvilho – ½ pacote (50 g) 230

Casquinha de siri – 1 unidade 210

Esfiha aberta de carne – 1 unidade (80 g) 205

Espetinho de queijo coalho – 1 unidade média 200

Milho verde cozido com manteiga – 1 unidade 200

Caldo de cana – 1 copo (240 ml) 200

Bolinho de bacalhau – 1 unidade (60 g) 170

Cerveja – 1 lata (355 ml) 155

Risole de queijo – 1 unidade (35 g) 150

Raspadinha – 1 copo (200 ml) 150

Cocada branca – 1 unidade média (50 g) 140

Sorvete de flocos – 1 bola 120

Camarão frito – 5 unidades médias 115

Manjuba frita – 1 unidade 75

Picolé de frutas 60

Água de coco – 1 unidade (240 ml) 60

Para não cair em tentação e ter que trocar o biquíni pelo maiô ou a sunga pelo calção na tentativa de esconder o corpo, a nutricionista Rosana Raele, do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, diz que o ideal é levar uma lancheira ou isopor para a praia, com itens preparados por você mesmo.

“Essa embalagem pode conter frutas picadas (como maçã, pera e banana) ou salada de frutas, sanduíche natural – de preferência com pão integral e frango desfiado, atum ou queijo branco e peito de peru –, cookies e palitinhos integrais”, enumera.

Uma boa dica para que a fruta não oxide e fique escura é pôr suco de laranja no potinho, ensina Rosana. Ela também destaca a importância de se hidratar bem, pois, ao suar no calor, as pessoas perdem mais líquido. Água de coco, sucos naturais e picolés de fruta são uma boa pedida, pois repõem a água e são de fácil digestão.

Cuidado com as crianças

Segundo a pediatra Ana Escobar, do Instituto da Criança, quem tem filho pequeno deve redobrar os cuidados com a hidratação, principalmente se ele ficar muito tempo debaixo do sol brincando ou fazendo exercícios.

“O líquido eliminado na transpiração contém água e sais minerais, como cloro e sódio. Para repor essas substâncias, é bom tomar um copo de suco de frutas intercalado com um copo de água. Isotônicos também ajudam”, recomenda a médica.

Compras na areia

Para quem prefere comprar algo na praia mesmo, a nutricionista pede atenção com alimentos vendidos em quiosques e barracas, que devem apresentar um padrão mínimo de higiene.

“Os funcionários precisam ter unhas curtas, cabelos presos e roupas limpas”, cita Rosana.

Se a bebida levar gelo, é preciso verificar se ele já vem em cubos. “Gelo em barra pode não ser feito com água filtrada”, alerta.

Além disso, a nutricionista pede cuidado com o consumo de bebidas alcoólicas, que aumentam a frequência de idas ao banheiro (com maior risco de desidratação) e o índice de afogamentos.

Alimentos a evitar

Queijos gordurosos, presunto e maionese devem passar longe da dieta na praia, não só porque são calóricos, mas também por dificultarem a digestão.

No caso da maionese e de molhos como o creme tártaro, há um perigo ainda maior: de salmonela, bactéria encontrada em ovos, leite e carnes de frango, pato ou peru. Esse micro-organismo pode causar diarreia, vômitos, desidratação e até levar à morte.

Trocas inteligentes, portanto, são sempre bem-vindas. Isso inclui tirar a manteiga do milho, o leite condensado da batida, a fritura do peixe e por aí vai.

Outros alimentos a serem evitados, para Ana Escobar, incluem as gorduras contidas em churros, linguicinha de porco, camarão e frutos-do-mar — cujo cuidado deve ser redobrado para prevenir problemas como intoxicação alimentar.

“Para quem gosta de comer e já entrar no mar, um alerta: exercícios após a ingestão de alimentos prejudicam a digestão, porque nesse período o sangue fica concentrado no estômago. Se a pessoa nada ou se movimenta muito, ele se desloca para os músculos e há risco de congestão e vômito”, explica a pediatra.

10 dicas de alimentação

1 – Não pule nenhuma refeição

2 – Tome café da manhã

3 – Fracione a dieta de 3h em 3h

4 – Consuma de 3 a 5 frutas por dia

5 – Faça pratos coloridos no almoço e no jantar

6 – Evite frituras, doces e salgadinhos

7 – Priorize os carboidratos integrais

8 – Coma devagar e mastigue bem os alimentos

9 – Escolha direito o que comer e prefira comida de verdade a lanches

10 – Tenha foco no seu objetivo

O líquido perdido na transpiração contém água e sais minerais, como cloro e sódio. Para repor essas substâncias, é bom tomar um copo de suco de frutas intercalado com um copo de água”

Pediatra

Ana Escobar

Praia x pele

O açúcar é o alimento que mais favorece a acne, por isso o churros é o pior de todos para a pele no verão, segundo a dermatologista Márcia Purceli, do Albert Einstein.

“Além disso, o sol pode melhorar as espinhas no começo, porque tem ação anti-inflamatória, mas depois vem o efeito rebote: a pele produz mais oleosidade, e o problema piora”, ressalta.

A médica lembra, ainda, que é fundamental tomar cuidado com os raios ultravioleta e usar filtro com fator de proteção solar (FPS) 15, no mínimo. Quanto mais nova for a criança, maior deve ser o bloqueio (pelo menos, FPS 40).

“Há produtos infantis específicos, que provocam menos alergia. O protetor deve ser aplicado entre meia hora e uma hora do horário de chegada à praia”, diz a pediatra Ana Escobar. Também é importante repassá-lo a cada duas ou três horas, e imediatamente após sair do mar.

Fonte: G1

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