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Bancos europeus detêm um quarto dos ativos da América Latina

Geral – 05/01/2012 – 13:01

O ano de 2012 marcará um período de desaquecimento para as principais economias da América Latina. Segundo Nicolás Eyzaguirre, diretor do Departamento do Hemisfério Ocidental do Fundo Monetário Internacional (FMI), ainda que a crise na Europa não se agrave, os países latinos terão um ano de desempenho econômico abaixo do observado entre 2010 e 2011.

“A deterioração do risco global já começou a afetar a América Latina”, disse Eyzaguirre, em estudo publicado pelo FMI. “Se aumentarem os riscos externos, a região não ficará imune”, completou.

O diretor do Fundo, que foi ministro da Fazenda do Chile entre 2000 e 2006, ponderou, entretanto, que a América Latina deverá fechar 2012 com Produto Interno Bruto (PIB) positivo. Em sua mais recente projeção para a região, publicada em outubro, o FMI esperava crescimento de 4% para a América Latina neste ano. A estimativa inicial, entretanto, apontava para expansão de 4,5%. Eyzaguirre confirmou que os números serão novamente revistos – muito provavelmente para baixo. O FMI deve divulgar suas novas estimativas para a economia da América Latina no próximo dia 24 de janeiro.

Uma das razões para a exposição da América Latina à crise, explica Eyzaguirre, é a forte presença de bancos europeus na região. “As filiais de bancos da área do euro na região detêm um quarto dos ativos bancários em países latino-americanos”, diz. “E muitos desses bancos estão adotando políticas de crédito mais conservadoras para fortalecer seus balanços.”

Com crédito mais escasso, as economias da América Latina terão dificuldades de financiar seu próprio crescimento.

A maior exposição aos bancos europeus é vista no México, onde a proporção dos ativos bancários em poder de instituições do Velho Continente se aproxima de 45%. O Chile vem em seguida, com quase 30%. O Brasil é o quinto país da lista, com aproximadamente 20% de exposição.

“Se a Europa aprofundar a crise, o impacto sobre a estabilidade financeira dos bancos subsidiários na América Latina pode ser muito maior”, afirmou o diretor do FMI. Eyzaguirre explica que, apesar de a maioria dos bancos europeus na região financiarem suas atividades com depósitos à vista, em moeda local, há a possibilidade de demanda por dólares. “Essa demanda pode levar a uma diminuição dos empréstimos para os países latino-americanos.”

O diretor do FMI conclui, por outro lado, que, na maioria dos países da América Latina, a situação dos bancos é sólida, além de as economias da região apresentarem condições sólidas, com cobertura das reservas internacionais. “O grande desafio é manter essas condições em um contexto de elevada incerteza”, completou.

Fonte: Ig

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