Com o avanço dos casos de gripe entre crianças neste inverno, especialistas em saúde alertam para os riscos da baixa cobertura vacinal. Segundo o Ministério da Saúde, apenas 36% do público infantil elegível foi imunizado contra o vírus influenza durante a campanha nacional de vacinação deste ano.
A pediatra Patrícia Consorte, em entrevista, expressou preocupação com o cenário: “Estamos vendo crianças que, em poucas horas, evoluem de um simples espirro para febre alta e dificuldade respiratória. A gripe não é uma doença leve. Em crianças, ela pode ser devastadora.”
De acordo com a especialista, a gripe causada pelo vírus influenza se diferencia do resfriado comum pela intensidade dos sintomas, como febre acima de 38,5 °C, dor no corpo, prostração, tosse persistente e recusa alimentar. Ela destaca que os casos têm evoluído rapidamente e, em alguns casos, gerado complicações como pneumonia e infecções de ouvido.
O tratamento deve começar o quanto antes, especialmente em crianças menores de cinco anos, com o objetivo de aliviar os sintomas e evitar agravamentos. Além disso, é recomendado manter isolamento por sete dias e uso de máscara em ambientes fechados, para reduzir a disseminação do vírus.
Apesar das medidas paliativas, a vacinação continua sendo a forma mais eficaz de proteção. Disponível gratuitamente pelo SUS, o imunizante protege contra as principais cepas do vírus: H1N1 e H3N2. “Vacinar é um ato de amor e responsabilidade”, reforça a médica.
Com informações CNN Brasil