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domingo, 14 de setembro, 2025

Avô espera há 3 meses para que o neto dependente químico seja internado

16/07/2014 – Atualizado em 16/07/2014

Desesperado, o avô luta e deseja que o neto de apenas 13 anos, estude e volte a ser uma criança normal

Por: Ray Santa Cruz

Alcindo Rodrigues de Souza, é avô de um menino de apenas 13 anos e que já sofre as consequencias de ser um dependente químico. O cuidador do adolescente compareceu na Rádio Caçula, para contar o caso e solicitar uma certa ajuda pública para o caso.

Os avós estão preocupados com a situação do adolescente que vem piorando gradativamente, segundo Alcindo Rodrigues o neto até tinha um bom comportamento antes de iniciar o uso de drogas, mas foi no inicio de 2014 que a família percebeu a gravidade do problema e resolveu procurar ajuda.

O avô conta que o menor iniciou um tratamento no CAPSAD (Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas), e foram feitos varios documentos para que o garoto fosse internado em uma clínica de recuperação localizada na cidade de Votuporanga-SP, onde o governo municipal de Três Lagoas possui convênio. Alcindo conta que passou a frequentar as reuniões acompanhando o neto e esperando a conclusão dos pedidos, mas o mesmo não aconteceu.

Ele ainda diz que procurou o Conselho Tutelar,onde todo o atendimento foi prestado, o pedido de internação foi visto pela conselheira e encaminhado para a promotoria pública, mas o prazo de resposta que era de 20 dias, já dura três meses.

“A gente frequenta as reuniões, mas daí eles trocam de psicóloga, que diz que ele tem que voltar para a escola, ele vai para escola mas não volta, quando retorna, está bêbado e num estado deplorável, eu quero que meu neto receba um tratamento, eu preciso que ele seja internado” diz Alcindo Rodrigues.

Em contrapartida, Rafael Coelho, conselheiro tutela diz que não existe um centro de reabilitação na cidade o que prejudica o atendimento ao dependente químico, ele explica que quando há denúncias de que uma criança está nessas condições, logo é feita uma triagem no CAPSAD, onde um psiquiatra analisa a situação e emite um laudo, dizendo se o paciente deve ou não ser internado para tratamento.

Após isso, se haver a necessidade de internação os documentos de petição são encaminhados ao Conselho Tutelar e posteriormente re-encaminhados a promotoria de justiça para que a mesma entre com o pedido de vaga na cidade de Votuporanga-SP ou Aguaí- SP, que são conveniadas ao poder municipal.

O Conselheiro afirma que não tem conhecimento do caso, e que não sabe se houve falha em algum setor, pois o trabalho é desenvolvido em conjunto, sendo o Conselho Tutelar, Secretária de Saúde e Promotoria de Justiça.

Coelho reafirma a necessidade de Três Lagoas possuir um centro de reabilitação para dependentes químicos, pois melhoraria a condição de vida do atendido e da família que também sofre as consequencias do temido mundo das drogas.

O caso da criança usuária, foi novamente levado aos conselheiros que tomarão as medidas cabíveis ao órgão, mas enquanto isso o avô do menino terá que ser forte e não desistir de lutar para que haja o tratamento químico do menor.

Foto meramente ilustrativa.

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