Polícia realizou uma reprodução simulada do acidente e concluiu que a leitura do tanque de
combustível estava errada
11/01/2021 14h59
Por: Paulo Renato
A Polícia Civil, em parceira com o Dracco (Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado), concluiu a perícia da aeronave que fez pouso forçado com a família de Luciano Huck na zona rural de Campo Grande, em maio de 2015. Os laudos apontam que o motivo da falha na aeronave se deu por causa da instalação invertida de um capacitor do tanque de combustível. Com isso, o piloto visualizava, no painel, quantidade de combustível a mais do que havia no tanque.
As conclusões só foram possíveis após reprodução simulada, uma forma de retroceder no tempo e tentar reproduzir o que se passou no dia do acidente, conforme explica a Delegada do Dracco Ana Cláudia Medina. “Utilizamos uma aeronave de mesmo modelo e ano, os capacitores foram invertidos com a aeronave em solo para verificar qual leitura se fez do instrumento no dia que tudo aconteceu”, explica.
Isso porque, segundo a delegada, algumas peças da aeronave foram vendidas, após liberação pelo Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos). A simulação foi feita depois que as equipes receberam denúncias, em 2017, quando a carcaça do avião monomotor foi apreendida com peças originais faltando. “A aeronave estava sem as peças, então foram usadas outras vertentes além da reprodução, como laudos e fotos da época, constatamos marcas que porventura haviam, entrevistamos o piloto, testemunhas, mecânico, e fizemos o acionamento da aeronave como estava no dia do acidente com a família do Luciano Huck”, afirma a delegada.
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