Policial – 27/02/2012 – 16:02
Foi detido na noite de ontem (26) no município de Castilho-SP, Nerivaldo De Moraes, o Chico (32), que assassinou a idosa Alzira Antonia de Farias (71), sua avó, na última terça-feira.
“Peguei o pau de pilão (Mão de Pilão) e dei na cabeça dela. Depois a arrastei para o quarto e cobri com lençol. Não me arrependo. Foi uma vingança e ia matar mais gente.” Disse Moraes ao ser preso. Ele também disse que pretendia matar sua mãe biológica e um tio.
A polícia de Castilho recebeu denúncias de um investigador de Três Lagoas dando as características de Moraes, que até então era apenas suspeito do crime. Com as informações, a equipe não teve dificuldade para localizar e deter Chico, que logo confessou a autoria do crime.
Alzira que criou o neto desde pequeno, também foi estuprada antes de ser brutalmente assassinada. A suspeita do estupro surgiu após ser encontrado vestígios de esperma próximo ao órgão genital da idosa, assim como na roupa que o criminoso trajava no dia do crime.
Moraes, que havia saído do presídio no dia 20 após cumprir pena por roubo à mão armada e foi para a casa de Alzira, onde iria residir juntamente com a avó e o tio, Daniel de Souza Farias.
Os familiares informaram aos policiais que desde o dia 21, feriado de Carnaval, não tiveram mais contato com a vítima, e que no dia 23 os familiares foram até à residência, que fica na Rua Taufic Farran, na Vila Piloto, onde a encontraram morta, em avançado estado de decomposição.
A família tentou entrar em contato com a idosa via telefone, mas quem atendia as ligações era Mores, que dizia que a avó tinha viajado para a casa de parentes no município paulista de Andradina. Em outra ligação, ele teria dito que a avó estaria tomando banho.
Neide, filha da idosa, começou a desconfiar, e então resolveu ir até a casa da mãe. Chegando ao local, a mesma percebeu que teria algo errado, pois sentia forte cheiro de Gás Liquefeito do Petróleo, e forte odor de carne em decomposição. Devido a casa estar trancada, a filha chamou o irmão, Jair de Souza Farias e o seu cunhado Joel Pereira para arrombarem a porta.
Quando arrombaram a porta da cozinha, encontraram a mangueira de gás cortada e vazando gás. Ao arrombarem a porta do quarto da idosa, a encontraram morta em cima da cama e totalmente nua.
A polícia foi acionada juntamente com a perícia técnica, que constatou a causa da morte de Alzira, traumatismo craniano.
No cômodo, foi encontrada a roupa que Nerivaldo usava no dia do crime, em cima do guarda roupas, que aparentava estar suja de esperma. Também foi encontrado o objeto que ele teria usado para cometer o crime, um pedaço de madeira conhecido como “mão de pilão”.
Nos fundos da residência foi encontrada uma latinha de cerveja com furos, que seria para o uso de “crack”.
Era de conhecimento da família, que a idosa sempre guardava uma certa quantia em dinheiro, e como o quarto dela estava revirado, suspeita-se que o autor estaria atrás de dinheiro. Durante a revista policial, foi encontrado a quantia de R$610,00 dentro do guarda roupa.
Nerivaldo usa crack, cocaína, maconha. Ele teria dito que era filho do capeta, e que mataria a mãe quando ela fosse para o trabalho, e o tio seria morto com requintes de sanguinário. Ele ainda disse que quando chegasse à cadeia, iria cometer suicídio.
O neto relatou toda a história sem mostrar arrependimento, muito frio e calculista, dizendo não se arrepender do crime cometido.
Leia mais
Filho de idosa assassinada procura Rádio Caçula
Cadáver de idosa é encontrado em residência
Esclarecimentos sobre a morte de Alzira Farias
Fonte: Matheus Guedes, com informações do Impacto Online, Benê Soares, Roni Paparazzi / Jornal Impacto Online