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Três Lagoas
sábado, 8 de novembro, 2025

Após série de acidentes, força-tarefa intensifica retirada de fios pendurados

Após um jovem quase ser degolado, e uma professora sofrer ferimentos no pescoço nos últimos dias, concessionária e empresas de internet intensificaram fiscalizações no município.

A falta de manutenção e o acúmulo de fios de internet pendurados em postes continuam oferecendo risco à população de Três Lagoas. Em pouco mais de um ano, três acidentes graves foram registrados, expondo a negligência das empresas responsáveis e a necessidade urgente de fiscalização mais rigorosa.

O primeiro caso ocorreu em outubro de 2024, quando uma mulher de 63 anos, foi derrubada de bicicleta após o guidão enroscar em um fio de internet que atravessava a esquina. O impacto causou quatro fraturas no fêmur, deixando-a sem andar há 396 dias.

Outro caso grave foi registrado em 31 de outubro, quando o jovem João Victor de Araújo, de 18 anos, trafegava de moto pela Av. Rosário Congro e foi atingido por um cabo no pescoço. Ele ficou internado por três dias no Hospital Auxiliadora. Mesmo após o acidente, o fio que provocou o ferimento continuava pendurado no local.

Mais recentemente, no último dia 17 de outubro, uma professora quase foi enforcada por um fio de internet solto na rua Eurídice Chagas Cruz, próximo ao CEI Neife de Souza Lima, onde trabalha. O cabo estava enroscado em uma árvore e se prendeu ao seu pescoço enquanto ela passava de bicicleta elétrica.

A Neoenergia Elektro, concessionária responsável pelos postes, informou que realiza desde maio uma força-tarefa de inspeção e regularização da fiação. De acordo com a analista de relacionamento Pamella Rocca, foram identificadas irregularidades em mais de 40% dos 67 mil pontos fiscalizados no perímetro urbano. “Iniciamos a remoção e o reordenamento dos cabos em maio, mas o trabalho foi paralisado temporariamente por questões operacionais e de segurança”, explicou.

A operação foi retomada em outubro e já alcançou 370 postes nos bairros Jardim Alvorada e Centro. A Neoenergia notificou 16 empresas de telecomunicação por uso irregular dos postes e afirma que continuará o mapeamento em novas áreas.

O QUE DIZ A LEI

Apesar dos avanços pontuais, moradores de diversos bairros seguem denunciando o perigo de fios baixos ou soltos sobre calçadas e vias públicas. A situação expõe a necessidade de fiscalização rigorosa e de cumprimento da Lei Municipal nº 3.838/2021, que obriga as empresas de energia e telecomunicações a removerem cabos inutilizados e manterem a fiação dentro das normas técnicas.

O compartilhamento dos postes é regulamentado por resoluções da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) e Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), que exigem projetos técnicos e autorização prévia. O descumprimento pode gerar multas de até R$ 2 mil por infração.

Enquanto o trabalho de regularização não é concluído, moradores continuam denunciando o risco dos cabos soltos. A sucessão de acidentes mostra que o problema ultrapassou os limites do descuido e se tornou uma questão de segurança pública em Três Lagoas.

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