O autor afirmou estar apenas curtindo a “balada” e estava disposto a gastar R$ 50 mil para prejudicar os policiais que o prenderam.
30/08/2020 11h33
Por: Julia Vasquez
TRÊS LAGOAS (MS) – Após denúncias, e em operação preventiva sanitária, a Vigilância Sanitária e a Polícia Militar compareceram em uma residência, onde acontecia uma festa clandestina com a presença de crianças, adolescentes e bebês de colo, em descumprimento com as medidas preventivas constatadas no decreto municipal nº 73/2020 do município de Três Lagoas-MS.
O fato ocorreu na madrugada deste sábado, por volta da 1h da madrugada, no bairro Jd. Guaporé, de Três Lagoas (MS).
Já no local foi identificado um grande número de pessoas e até mesmo adolescentes ingerindo bebida alcoólica, configurando portanto, o crime de corrupção de menores.
Na residência foi constatado ainda pelas equipes, um som com níveis sonoros superiores ao permitido em lei, configurando o crime de perturbação da tranqüilidade.
Na tentativa de identificar o proprietário da casa, foi solicitado tanto pelos policiais, como pelos integrantes da equipe da Vigilância Sanitária a presença do responsável do imóvel que se recusou a atender os agentes públicos e se trancou com alguns participantes da festa no interior da residência.
Vale destacar ainda que, na festinha clandestina, foi verificado pelas equipes a presença de crianças de “colo” no local.
“PRENDAM VAGABUNDOS, NÃO ESTOU FAZENDO NADA DE ERRADO”!
Diante da recusa, a polícia juntamente com a Vigilância Sanitária adentrou no interior do recinto e depois de muita insistência, o proprietário da casa, muito exaltado e agressivo saiu de dentro do imóvel e apresentou-se como sendo o responsável e que gostaria de saber o porquê os policiais estavam dentro da residência dele, pois não estava fazendo nada de errado.
Além disso, era amigo íntimo de juízes, promotores, delegados e até mesmo do comandante da Policia Militar deste município. “‘
Na tentativa de explicar o descumprimento da medida preventiva, o autor não aceitou as explicações dos agentes sanitários e falou para os policiais presentes que eram para ir “prender verdadeiros vagabundos e traficantes e não um cidadão de bem que estava apenas curtindo a ‘balada'”.
Os ânimos ficaram mais exaltados quando foi informado ao autor que teria que comparecer até à delegacia de polícia civil para ser registrado o boletim de ocorrência, o qual informou aos policiais que não iria porque não era ladrão, desobedecendo às ordens solicitadas, tendo que, ser proferida ao ator a voz de prisão pelo comandante da operação, e que resistiu a prisão tendo que ser utilizado o uso da força moderada e de algemas.
No deslocamento até a delegacia o autor informou aos policiais condutores que estava disposto a gastar R$ 50 mil para prejudicar os policiais que o prenderam e, ao chegar na sala de confecção de boletim de ocorrência passou apertar as algemas lesionando seus pulsos dizendo a guarnição presente que iria se lesionar para acusar a guarnição das lesões.
Como havia menores de idade presentes, foi acionado ainda o Conselho Tutelar e as crianças e adolescentes foram entregues ao conselheiro tutelar Renildo Almeida, que executou os procedimentos pertinentes.
Diante disso, foi apreendido uma caixa de som JBL camuflada, um narguilé de cor preta, globo de luz, uma carteira de bolso com cartões e R$ 140 em moeda corrente e o autor foi entregue a autoridade policial para procedimentos pertinentes com lesões aparentes nos pulsos, devido ao uso de algemas.



