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Após morte de torcedor, seleção fará amistoso de graça contra a Bolívia

Esporte – 28/02/2013 – 17:02

Menos de uma semana depois da morte Kevin Beltrán Espada, de 14 anos, no jogo entre Corinthians e San Jose, em Oruro, José Maria Marin, o presidente da CBF, ofereceu um “presente” para a Bolíva.

A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) aceitou abrir mão de um cachê no valor de US$ 1 milhão (cerca de R$ 1.980.000) para acertar um amistoso sem custo entre Brasil e Bolívia no país vizinho.

Se normalmente a seleção do técnico Luiz Felipe Scolari cobra um ‘cachê’ de quase R$ 2 milhões para entrar em campo, para os bolivianos, Neymar e companhia se apresentarão de graça. O próprio Carlos Chávez, presidente da Federação Boliviana de Futebol (FBF), confirmou o acerto entre as duas entidades e garantiu que o amistoso não custará nada aos cofres bolivianos.

“Recebi uma ótima notícia. Me ratificaram o amistoso e o compromisso da CBF com a Bolívia para que, pela primeira vez, a seleção do país venha para cá jogar um amistoso. Isso é um ótimo indicador para o futebol boliviano”, revelou o dirigente em entrevista à mídia boliviana.

De acordo com Carlos Chávez, uma conversa por telefone com Marin selou o acordo entre Brasil e Bolívia para a realização do amistoso no estádio Tahuichi Aguilera, em Santa Cruz de la Sierra. A Federação Boliviana já estava tentando marcar a partida com a seleção brasileira há sete meses, mas só agora, depois do apelo da morte do garoto Kevin, a negociação finalmente teve sucesso.

“Essa seleção [a brasileira] é administrada por uma empresa grande que organiza suas partidas oficiais e cobra um milhão de dólares por jogo. No nosso caso, abrirá mão de receber esse dinheiro”, explicou o presidente da FBF.

Por ter sido um amistoso marcado de última hora, o confronto entre Brasil e Bolívia já tem local, mas ainda não tem data para acontecer e dependerá das duas seleções analisarem suas agendas e chegarem a um acordo quanto ao dia do jogo. Segundo Carlos Chávez, uma nova conversa telefônica com Marín na próxima semana deverá definir os últimos detalhes a respeito do jogo.

Além do jogo contra o Brasil, a Federação Boliviana ainda espera fechar outro amistoso de altíssimo nível para este ano: contra a atual campeã do mundo, Espanha.

“Tenho uma boa relação de amizade com o senhor Villar [José Maria Villar, presidente da Federação Espanhola de futebol]. Tanto o Brasil, quanto a Espanha se ofereceram para nos ajudar. Comentamos sobre a situação difícil que estamos passando nesses dias e, como forma de cooperar conosco, se ofereceram para jogar amistosos contra a Bolívia, explicou Carlos Chávez.

O Brasil já tem dois amistosos para o próximo mês, um contra a Itália, no dia 21 de março, e outro contra a Rússia, no dia 25. Por enquanto, a data do jogo contra a seleção boliviana ainda não foi acertada. A partida, no entanto, servirá também para homenagear Kevin Beltrán Espada, de 14 anos, que foi morto por um sinalizador disparado pela torcida corintiana na noite de quarta-feira, 20 de fevereiro, durante o jogo contra o San Jose, em Oruro.

Fonte: MSN

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Exportações de alimentos caem US$ 300 milhões em agosto, aponta ABIA

A balança comercial da Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (ABIA) registrou uma queda de US$ 300 milhões nas exportações de alimentos industrializados em agosto, o que representa uma retração de 4,8% em relação a julho. No total, o setor exportou US$ 5,9 bilhões no mês. O principal fator para a queda foi a redução nas compras dos Estados Unidos, que importaram US$ 332,7 milhões em agosto — queda de 27,7% em relação a julho e de 19,9% na comparação com agosto de 2024. TARIFA Segundo a ABIA, o resultado reflete a nova tarifa de 50% imposta pelo governo norte-americano sobre produtos brasileiros, além da antecipação de embarques em julho, antes da entrada em vigor da medida. Em julho, os EUA haviam importado US$ 460,1 milhões em alimentos industrializados do Brasil. Os produtos mais afetados foram: Açúcares: queda de 69,5% Proteínas animais: recuo de 45,8% Preparações alimentícias: baixa de 37,5% INFLEXÃO “O desempenho das exportações nos dois últimos meses evidencia uma inflexão clara: o crescimento expressivo de julho foi seguido por ajuste em agosto, sobretudo nos EUA, impactados pela nova tarifa, enquanto a China reforçou seu papel como mercado âncora”, afirmou João Dornellas, presidente executivo da ABIA. Segundo Dornellas, a retração indica a necessidade de o Brasil diversificar seus parceiros comerciais e ampliar sua capacidade de negociação. MÉXICO Com a queda nas exportações aos EUA, o México despontou como um dos mercados em ascensão. As exportações para o país cresceram 43% em agosto, totalizando US$ 221,15 milhões — cerca de 3,8% do total. O principal produto comprado pelos mexicanos foram proteínas animais. “O avanço do México, que coincide com a retração das vendas aos Estados Unidos, indica um possível redirecionamento de fluxos e a abertura de novas rotas comerciais, movimento que ainda requer monitoramento para identificar se terá caráter estrutural ou apenas conjuntural”, afirmou a ABIA. IMPACTO A projeção da entidade é de que os impactos da tarifa norte-americana se intensifiquem no acumulado de 2025. Entre agosto e dezembro, a estimativa é de uma retração de 80% nas vendas para os EUA dos produtos atingidos pela tarifa, com perda acumulada de US$ 1,351 bilhão. CHINA A China manteve a liderança entre os compradores de alimentos industrializados brasileiros, com importações de US$ 1,32 bilhão em agosto — alta de 10,9% sobre julho e de 51% em relação ao mesmo mês de 2024. O país asiático respondeu por 22,4% das exportações do setor no mês. OUTROS Outros mercados apresentaram desempenho negativo: Liga Árabe: queda de 5,2%, com US$ 838,4 milhões importados União Europeia: retração de 14,8% sobre julho e de 24,6% na comparação com agosto de 2024, com compras de US$ 657 milhões No acumulado de janeiro a julho de 2025, as exportações do setor somaram US$ 36,44 bilhões, uma leve queda de 0,3% em relação ao mesmo período de 2024. A principal causa foi a menor produção de açúcar durante a entressafra. SUCO Um dos poucos segmentos que registrou crescimento foi a indústria de suco de laranja, que não foi afetada pelas tarifas. Em agosto, o setor teve alta de 6,8% em relação a agosto de 2024, embora tenha recuado 11% frente a julho por causa da antecipação de embarques. EMPREGO A indústria de alimentos fechou julho com 2,114 milhões de empregos formais e diretos. No comparativo interanual, o setor criou 67,1 mil novas vagas entre julho de 2024 e julho de 2025, o que representa crescimento de 3,3%. Somente em 2025, foram abertos 39,7 mil postos diretos e outros 159 mil na cadeia produtiva, incluindo agricultura, pecuária, embalagens, máquinas e equipamentos.