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sábado, 15 de novembro, 2025

Após matéria denunciando maus tratos aos animais, MPE solicita investigações e Associação divulga nota repudiando o ato

06/12/2016 – Atualizado em 06/12/2016

Vídeos mostrando um cavalo sendo agredido estão repercutindo em Três Lagoas e os responsáveis responderão pela ação na justiça

Por: Rayani Santa Cruz

Depois de uma publicação denunciando maus tratos de um cavalo, caído na Lagoa Maior no portal de notícias da Rádio Caçula, a promotoria de meio ambiente de Três Lagoas se manifestou, assim como a Associação SMT Cultural Sertaneja organizadora da Cavalgada na cidade.

O Promotor de Meio Ambiente Dr. Antonio Carlos Garcia de Oliveira, da 1° Promotoria de Justiça de Três Lagoas, enviou por meio de ofício uma petição para o Delegado Regional Rogério Makert, solicitando o registro da ocorrência e investigações para apurar o caso e punir a rigor da lei os envolvidos.

Ainda no documento está descrito que o ato infringe o artigo 42 da Lei de Crimes Ambientais, e o promotor pede para que seja aberto um inquérito para resolução do caso.

Em nota a Organização da Cavalgada disse que repudia maus-tratos e garante fiscalização durante evento.

A Associação SMT Cultural Sertaneja, organizadora da 16ª. Cavalgada Sul-mato-grossense de Três Lagoas, afirmou que a regra para participar do evento é a realização de exames de Anemia Infecciosa Equina e Mormo. Os resultados devem ser apresentados à comissão organizadora e a mesma também tem a listagem de todas as comitivas participantes e conta com o apoio de um veterinário responsável.

Em relação à divulgação de imagens de um animal sendo maltratado na Lagoa Maior, a Associação SMT disse que repudia a ação e esclareceu que, conforme informações, o caso ocorreu após o evento. Durante o percurso, além de um veterinário responsável, a comissão conta com o apoio de fiscalizadores que fazem o trajeto a pé para orientar e repreender qualquer tipo de atitude fora do previsto. Vale salientar, inclusive, que dois cavaleiros foram retirados da cavalgada pela fiscalização, por não cumprirem as regras.

Renato Carrato, médico veterinário e responsável pelo laboratório que realiza os exames dos animais, explica que o “cavalo deita com a traia”, termo usado pelos peões, quando chega a um leito d’água. “O cavalo gosta de tomar banho, é normal. O errado, neste caso divulgado, é a atitude do cavaleiro agindo com violência”, esclarece Renato. A organização do evento reforça que é contra qualquer tipo de violência e, por sua vez, explica que não pode responder pelas atitudes dos cavaleiros depois que eles se dispersam.

“São participantes que amam os animais, que vivem na lida do campo. Não é justo generalizar e colocar em debate a organização e responsabilidade de um evento que já acontece há 16 anos, por conta da irresponsabilidade de uma pessoa”, finalizou o presidente da Associação SMT Cultural Sertaneja, Adilson Ferreira.

Após divulgação de vídeo, MPE pede que seja instaurado um inquérito e que responsáveis por maus tratos sejam punidos. Foto: Reprodução Facebook

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