Agência orienta consumidores a verificar procedência, rótulo e lacre de segurança para evitar intoxicações, principalmente por metanol
Com a proximidade das festas de réveillon, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária intensificou o alerta sobre os perigos do consumo de bebidas alcoólicas de origem clandestina. A principal preocupação é a presença de metanol, substância altamente tóxica que pode causar danos graves à saúde e, em casos extremos, levar à morte.
Segundo a Anvisa, o metanol, também conhecido como álcool metílico, é um líquido incolor e com odor semelhante ao do álcool comum, o que dificulta a identificação pelo consumidor. A ingestão pode provocar comprometimento do sistema nervoso central, danos irreversíveis à visão e quadros clínicos de rápida evolução, exigindo atendimento médico imediato.
A orientação da agência é clara: a melhor forma de prevenção é adquirir apenas bebidas com procedência comprovada. Produtos vendidos de forma informal, sem rótulo, sem lacre de segurança ou sem o selo fiscal da Receita Federal devem ser evitados. Preços muito abaixo da média de mercado também são considerados um forte indicativo de irregularidade.
Entre as recomendações estão a conferência do rótulo, que deve conter o nome do fabricante, a lista de ingredientes e o número de registro no Ministério da Agricultura. A Anvisa reforça ainda a importância de comprar bebidas somente em estabelecimentos regularizados, como supermercados, distribuidoras e lojas especializadas, além de exigir nota fiscal e guardar o comprovante de compra.
Outro ponto de atenção diz respeito à aparência da bebida. Destilados devem ser límpidos e transparentes. Turvação, partículas em suspensão ou alteração de cor indicam possível adulteração e o produto não deve ser consumido. Bebidas caseiras ou artesanais sem registro e fiscalização também entram na lista de risco.
Em bares, restaurantes e eventos, o consumidor tem o direito de saber exatamente o que está sendo servido. A recomendação é pedir para ver a garrafa antes do preparo do drink e, sempre que possível, solicitar que a bebida seja servida diretamente da garrafa, à vista, como medida de autoproteção.
A Anvisa informou ainda que mantém monitoramento permanente de notificações de intoxicação por metanol, em articulação com o Ministério da Saúde, vigilâncias sanitárias estaduais e municipais e o Ministério da Agricultura. Em casos de suspeita ou confirmação, são adotadas medidas imediatas, como ações de fiscalização, apoio técnico e liberação de antídotos.
Com informações do Campo Grande News


