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Antes de concluir graduação, brasileira é aceita para doutorado em Harvard

Educação – 20/02/2013 – 15:02

Fernanda vai fazer doutorado na área de virologia em Harvard Foto: Mariana Costa/Agência UnB / Divulgação

Mesmo sem ter concluído o curso de ciências biológicas da Universidade de Brasília (UnB), a estudante Fernanda Ferreira, 23 anos, foi aceita para fazer doutorado na Divisão de Ciências Médicas da Universidade de Harvard, em Boston, nos Estados Unidos. Participante do programa de Iniciação Científica da UnB, ela se inscreveu para o doutorado na universidade mais prestigiada do mundo para aprofundar seus estudos em virologia.

“A UnB tem uma estrutura excelente em pesquisas com plantas, mas eu gostaria de trabalhar com os vírus humanos, e Harvard dispõe de mais de 50 professores que pesquisam esses vírus. Foi isso que me chamou a atenção e me fez tentar o doutorado por lá”, disse a jovem. Ela deve ficar de cinco a sete anos em Boston. Durante um ano e meio, passará por três laboratórios diferentes antes de escolher um para trabalhar. A viagem está marcada para setembro.

A viagem está marcada para setembro. Antes de embarcar, Fernanda vai concluir o bacharelado em março e a licenciatura em julho.

Alfabetização em inglês

Para conseguir a vaga, Fernanda passou por uma lista extensa de testes. . Além das cartas de recomendação de professores, ela precisou justificar a escolha pela universidade num texto e passar em provas de proficiência em inglês (Toefl) e o Graduate Record Examinations (GRE) que testa o conhecimento matemático e de inglês. Em dezembro, ela foi convidada para um final de semana em Harvard. Fernanda voltou ao Brasil no dia 28 de janeiro, depois de passar por seis entrevistas, cada um com cerca de 40 minutos, com professores do programa de Virologia da Harvard.

Um fator ajudou Fernanda foi ter sido alfabetizada em inglês. Até os cinco anos, a aluna da UnB morou no Canadá, onde seus pais fizeram doutorado em Geologia. “Depois, vim para Brasília. Passei seis meses numa escola brasileira sem falar uma palavra de português e fui pra Escola Americana onde terminei o ensino médio, antes de vir para a UnB”, afirmou.

Fernanda receberá uma bolsa do programa de doutorado de Harvard durante o tempo que permanecer nos Estados Unidos. Periodicamente, um comitê composto por professores da universidade americana avaliará o desempenho da aluna. “Quando eles considerarem que tanto a pesquisa quanto o pesquisador estão prontos, me darão a permissão para apresentar uma tese. Devo publicar uma tese e uma compilação de artigos que escreverei ao longo dos próximos anos”, afirma.

Fonte: Portal Terra

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Exportações de alimentos caem US$ 300 milhões em agosto, aponta ABIA

A balança comercial da Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (ABIA) registrou uma queda de US$ 300 milhões nas exportações de alimentos industrializados em agosto, o que representa uma retração de 4,8% em relação a julho. No total, o setor exportou US$ 5,9 bilhões no mês. O principal fator para a queda foi a redução nas compras dos Estados Unidos, que importaram US$ 332,7 milhões em agosto — queda de 27,7% em relação a julho e de 19,9% na comparação com agosto de 2024. TARIFA Segundo a ABIA, o resultado reflete a nova tarifa de 50% imposta pelo governo norte-americano sobre produtos brasileiros, além da antecipação de embarques em julho, antes da entrada em vigor da medida. Em julho, os EUA haviam importado US$ 460,1 milhões em alimentos industrializados do Brasil. Os produtos mais afetados foram: Açúcares: queda de 69,5% Proteínas animais: recuo de 45,8% Preparações alimentícias: baixa de 37,5% INFLEXÃO “O desempenho das exportações nos dois últimos meses evidencia uma inflexão clara: o crescimento expressivo de julho foi seguido por ajuste em agosto, sobretudo nos EUA, impactados pela nova tarifa, enquanto a China reforçou seu papel como mercado âncora”, afirmou João Dornellas, presidente executivo da ABIA. Segundo Dornellas, a retração indica a necessidade de o Brasil diversificar seus parceiros comerciais e ampliar sua capacidade de negociação. MÉXICO Com a queda nas exportações aos EUA, o México despontou como um dos mercados em ascensão. As exportações para o país cresceram 43% em agosto, totalizando US$ 221,15 milhões — cerca de 3,8% do total. O principal produto comprado pelos mexicanos foram proteínas animais. “O avanço do México, que coincide com a retração das vendas aos Estados Unidos, indica um possível redirecionamento de fluxos e a abertura de novas rotas comerciais, movimento que ainda requer monitoramento para identificar se terá caráter estrutural ou apenas conjuntural”, afirmou a ABIA. IMPACTO A projeção da entidade é de que os impactos da tarifa norte-americana se intensifiquem no acumulado de 2025. Entre agosto e dezembro, a estimativa é de uma retração de 80% nas vendas para os EUA dos produtos atingidos pela tarifa, com perda acumulada de US$ 1,351 bilhão. CHINA A China manteve a liderança entre os compradores de alimentos industrializados brasileiros, com importações de US$ 1,32 bilhão em agosto — alta de 10,9% sobre julho e de 51% em relação ao mesmo mês de 2024. O país asiático respondeu por 22,4% das exportações do setor no mês. OUTROS Outros mercados apresentaram desempenho negativo: Liga Árabe: queda de 5,2%, com US$ 838,4 milhões importados União Europeia: retração de 14,8% sobre julho e de 24,6% na comparação com agosto de 2024, com compras de US$ 657 milhões No acumulado de janeiro a julho de 2025, as exportações do setor somaram US$ 36,44 bilhões, uma leve queda de 0,3% em relação ao mesmo período de 2024. A principal causa foi a menor produção de açúcar durante a entressafra. SUCO Um dos poucos segmentos que registrou crescimento foi a indústria de suco de laranja, que não foi afetada pelas tarifas. Em agosto, o setor teve alta de 6,8% em relação a agosto de 2024, embora tenha recuado 11% frente a julho por causa da antecipação de embarques. EMPREGO A indústria de alimentos fechou julho com 2,114 milhões de empregos formais e diretos. No comparativo interanual, o setor criou 67,1 mil novas vagas entre julho de 2024 e julho de 2025, o que representa crescimento de 3,3%. Somente em 2025, foram abertos 39,7 mil postos diretos e outros 159 mil na cadeia produtiva, incluindo agricultura, pecuária, embalagens, máquinas e equipamentos.