29.5 C
Três Lagoas
segunda-feira, 28 de julho, 2025

Antecipação permanente de 13º para aposentados pode perder a validade

Interlocutores de Bolsonaro não tentaram articular com líderes para que a votação da MP ocorresse nesta semana

27/11/2019 08h44
Por: Deyvid Santos

BRASÍLIA (DF) – Em mais uma derrota no Congresso, a proposta do presidente Jair Bolsonaro para tornar permanente a antecipação de parcela do 13º salário para aposentados e pensionistas do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) corre risco de perder validade.

Em agosto, foi apresentada uma medida provisória (MP) para que em todos os anos, entre agosto e setembro, aposentados e pensionistas recebam a antecipação de 50% do valor do benefício. Uma MP entra em vigor imediatamente, mas precisa ser aprovada pelo Congresso em até 120 dias.

Antes da iniciativa de Bolsonaro, a regra permitia que o presidente escolhesse a data para o pagamento da parcela antecipada. A definição era feita por meio de decreto presidencial. O governo tem até a próxima terça-feira (3) para conseguir o aval no plenário da Câmara e do Senado. Sem a aprovação nas duas Casas, a proposta perde validade.

Líderes de partidos independentes não querem que Bolsonaro seja lembrado como o responsável por uma política permanente que beneficia aposentados e pensionistas. É uma forma de passar mais um recado ao Palácio do Planalto, diante da insatisfação dos congressistas com a articulação política.

O líder do governo na Câmara, Major Vitor Hugo (PSL-GO), minimizou a possibilidade de derrota. “Não tem problema a MP cair [perder a validade]. Podemos editar outra no próximo ano”, disse o deputado.

Quando Bolsonaro assinou a medida, o Palácio do Planalto informou que a iniciativa liberaria R$ 21 bilhões para 30 milhões de aposentados e pensionistas em todo o país. Mesmo se o Congresso não aprovar a MP dentro do prazo, o pagamento antecipado de parcela do 13º neste ano é considerado legal, pois foi liberado enquanto a medida estava em vigor.

O governo queria transformar a antecipação de parte do 13º benefício em lei e em prática permanente. Interlocutores de Bolsonaro sequer tentaram articular com líderes para que a votação da medida provisória ocorresse nesta semana.

“Essa é uma pauta de governo. Não temos interesse em aprovar”, afirmou o líder do Podemos na Câmara, José Nelto (GO). A pauta da semana na Câmara inclui outros projetos, mas exclui a proposta de Bolsonaro.

Durante a tramitação da MP, o governo conseguiu incluir uma alteração nas regras do auxílio-doença. A equipe econômica queria que o benefício devido a trabalhadores afastados do trabalho por motivos de saúde fosse pago pelas empresas, em vez ser responsabilidade do INSS.

Os patrões poderiam abater essas despesas quando pagassem tributos. Se a medida provisória perder a validade, esse trecho também não será sancionado e, portanto, não entra em vigor.

Informações do site Folha de São Paulo

Deu na Rádio Caçula? Fique sabendo na hora!
Siga nos no Google Notícias (clique aqui).
Quer falar com a gente? Estamos no Whatsapp (clique aqui) também.

Veja também

MS confirma 17 mortes por dengue e 12 por chikungunya em 2025

Estado já registra mais de 27 mil casos prováveis das duas doenças; vacinação contra dengue avança entre crianças e adolescentes

Audiência pública de revisão do Plano Diretor de Três Lagoas será nesta terça-feira

A Prefeitura de Três Lagoas, por meio da Secretaria Municipal de Governo e Políticas Públicas (SEGOV), convida toda a população para participar da audiência...

Brasil sai novamente do Mapa da Fome da ONU, revela relatório internacional

País tem menos de 2,5% da população em situação de subnutrição, segundo dados da FAO