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Alerta geral continua em MS após ameaças de facções e agente é afastada

05/09/2016 – Atualizado em 05/09/2016

Alerta geral continua em MS após ameaças de facções e agente é afastada

Por: Marcio Ribeiro com Correio do Estado

O temor de trabalhadores da segurança do Estado se confirmou por meio de interceptação de conversas entre integrantes da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) e alerta geral dado pelo Governo do Estado continua. Hoje agentes penitenciários fazem paralisação em Campo Grande e duas trabalhadoras chegaram a fugirem de suas cidades porque estavam em suposta lista de “marcados para morrer”.

Secretário de Segurança do Estado, Barbosinha confirmou que as ameaças existiram e que, por isso, uma das agentes, a campo-grandense que atua no Patronato Penitenciário – setor responsável pela assistência aos presos – foi afastada do trabalho. Ela saiu da cidade com a família, segundo o sindicato que representa a categoria.

Outra trabalhadora que também fugiu com a família mora em Dourados e trabalhava em presídio da cidade. O secretário não confirmou se a servidora também foi afastada ou se deixou o trabalho por conta própria.

“Não existe razão para greve, todos esforços estão sendo feitos, mas na administração pública não tem milagre. Todas as áreas de inteligência estão trabalhando afinadas. Alertamos todos os nossos agentes, procuramos manter o nível de segurança para todos”, afirmou o secretário.

O governador Reinaldo Azambuja (PSDB) disse em agenda pública hoje pela manhã, no Comando da Polícia Militar, que terá reunião amanhã com o Ministro da Justiça Alexandre de Moraes, em Brasília, e que o assunto será debatido. O chefe do executivo estadual relembrou o fato do Governo cobrar que a União custeie os presos por tráfico internacional, que hoje são em maioria bancados pelo Estado.

“Já demos o tempo necessária e a paciência tem fim. Se nada for resolvido, vamos ingressar judicialmente contra o Governo Federal”.

AMEAÇAS E TENSÃO

Na semana passada, o agente Enderson Antônio Bogas Severi, de 36 anos, foi atacado a tiros enquanto andava por rua do centro de Naviraí de moto. Dos quatro pistoleiros envolvidos no crime, dois já foram presos e outros dois seguem foragidos, ambos já foram identificados.

Enderson ficou em coma, mas acordou e ainda respira por aparelhos. Ele está internado em hospital de Dourados e a reportagem apurou que a família do agente está sendo escoltada pela cidade com medo de novos ataques.

Depois desse crime, na sexta-feira (2), lista com agentes que estariam jurados de morte pelo PCC foi revelada entre os trabalhadores. Duas mulheres que atuam em unidades de Campo Grande e em Dourados fugiram com medo. A agente da Capital atua no Patronato Penitenciário, setor responsável pela assistência aos presos.

Conforme o sindicato dos agentes, a lista foi descoberta por serviço de inteligência de autoridades e reforça as reivindicações dos agentes que pedem mais segurança e também autorização para trabalharem com armas dentro dos presídios, atualmente, a liberação existente é para porte e uso de armamento apenas fora do expediente de trabalho.

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