Assunto voltou à tona após a entrevista do Diretor de Trânsito, José Aparecido Moraes à Caçula durante o ‘Hora da Notícia’ de 8 de abril, onde muitos aprovam, e outros criticam a ideia, que ainda deve ser apresentada ao prefeito Cassiano Maia.
Nos últimos dias, um assunto que antes já era polêmico, voltou à tona entre os moradores e principalmente entre os comerciantes da área central de Três Lagoas: a volta da Zona Azul, em um novo modelo que já está em estudos por parte do Departamento Municipal de Trânsito da Secretaria Municipal de Infraestrutura, Transporte e Trânsito (SEINTRA) do município.
O retorno, que está em avaliação por parte do departamento, gerou debates nas redes sociais, em razão do antigo modelo que foi implantado na cidade em 2016, e que durou até 2021, ainda em época de pandemia, onde muitos tinham que “procurar” os funcionários da empresa credenciada para prestar o serviço para realizar o pagamento pelo tempo de uso da vaga, gerando transtornos e dores de cabeça à população.
Durante entrevista ao Hora da Notícia, da Caçula FM, no último dia 8 de abril, o diretor de Trânsito de Três Lagoas, José Aparecido Moraes revelou detalhes sobre o projeto que estaria sendo desenvolvido em parceria com empresas especializadas em soluções de mobilidade urbana. Segundo ele, a ideia é abandonar completamente o antigo modelo, que exigia a presença de funcionários da empresa operadora e gerava grande insatisfação popular. “Aquilo era um tormento. Você tinha que sair correndo atrás do funcionário para pagar, e parecia que eles se escondiam para multar”, declarou Moraes.
Segundo os defensores da medida, o sistema é essencial para garantir a rotatividade de vagas no centro, especialmente diante da presença de empresas com dezenas de funcionários que estacionam seus veículos na porta do trabalho pela manhã e só os retiram no fim do expediente. “Grandes lojas têm 50, 60 funcionários. Se 30 deles param o carro ali o dia todo, o consumidor simplesmente não encontra vaga”, justificou o titular do DEPTRAN à Caçula.
Apesar de ainda não haver definição oficial sobre a implementação, o projeto será apresentado ao prefeito Cassiano Maia e ao secretário de Infraestrutura, Osmar Dias. A decisão final caberá à administração municipal após avaliação técnica e política do caso, mas mesmo assim, a proposta divide opiniões e já gera debates acalorados nas redes sociais e nos bastidores do comércio.
Ainda assim, há resistência no setor comercial. Parte dos lojistas teme que a cobrança afaste clientes e afete as vendas. Outros, mesmo reconhecendo o problema da ocupação prolongada das vagas, demonstram ceticismo sobre a eficácia do novo modelo. A volta da Zona Azul, embora tecnológica, não será isenta de críticas e polêmicas, e a Prefeitura promete dialogar com a sociedade antes de bater o martelo. “Não está decidido ainda, mas o estudo está sendo feito com muito cuidado.”, reforçou Moraes sobre o tema.