03/04/2014 – Atualizado em 03/04/2014
Hoje, o Cantareira opera com 13,3% de sua capacidade, o menor nível da história
Por: Band
A baixa incidência de chuvas nos meses de fevereiro e março deve resultar no “colapso” do Sistema Cantareira em julho. A previsão é parte do estudo técnico realizado pelo Grupo Técnico de Gestão do reservatório, formado pela ANA (Agência Nacional de Água) e pelo DAEE (Departamento de Águas e Energia Elétrica). Em fevereiro, o levantamento apresentado apontava que, no melhor cenário, o Cantareira chegaria a dezembro com 21% de sua capacidade. No pior, a água chegaria ao fim em agosto.
A antecipação do colapso ocorre, segundo o documento, por conta da diferença cada vez maior entre o volume de água que entra no Cantareira e o destinado ao consumo de 15 milhões de pessoas na Grande São Paulo e em municípios do interior do Estado.
O relatório aponta que esse déficit é de 10 metros por segundo, o que representa uma diferença de 26,8 milhões de metros cúbicos por mês. Essa vazão é três vezes maior do que o volume usado para abastecer Campinas.
Desde 2009, o governo estadual já conhece o déficit do Cantareira. Ou seja, sai mais água do que entra no sistema. Um relatório apresentando à época por técnicos da Sabesp alertava para a necessidade de se buscar alternativas para o Cantareira e não contar apenas com as chuvas do verão.
Situação do reservatório
Hoje, o Cantareira opera com 13,3% de sua capacidade, o menor nível da história. As três principais represas que compõem o reservatório (82% da vazão) chegaram ontem a 6% de volume útil.
Socorro
O governo do estado promete iniciar, a partir de maio, a retirada da água do “volume morto” (água abaixo do nível de captação) do Cantareira. A previsão é de que sejam retirados 200 bilhões de litros dos 400 bilhões disponíveis. A captação custará R$ 80 milhões.
Em relação às críticas do governo do Rio de Janeiro ao projeto de transposição de água do Rio Paraíba do Sul, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) disse ontem que é preciso deixar de “lado as paixões políticas e ter um espírito de estudo”.
De acordo com o governador, o Rio não perderá nada com a transposição, já que a ANA (Agência Nacional de Águas) regulará a medida.
