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Três Lagoas
quinta-feira, 25 de abril, 2024

Agosto Lilás: Homens que agridem, mulheres que não querem mais sofrer

Uma denúncia pode salvar a vida de uma mulher que passa por violência.

Feito para incentivar o enfrentamento da violência doméstica contra a mulher, o “Agosto Lilás”, uma campanha criada pela Subsecretaria de Políticas Públicas para as Mulheres em razão da “Lei Maria da Penha”, encontrou ao longo destes 16 anos de lei diversos parceiros que fortalecem essa causa, conscientizando a sociedade, além de divulgar os serviços especializados da rede de atendimento à mulher que sofreu violência, além da divulgação dos mecanismos de denúncias existentes.

A violência doméstica é caracterizada principalmente pela violência de gênero – onde qualquer pessoa, seja o agressor – homem ou mulher, porém sendo mais comum os do sexo masculino, tem um ciclo de 3 fases:

Tensão

O agressor se mostra tenso e irritado por coisas fúteis, chegando a ter acessos de raiva. Ele também humilha a vítima, ameaça e destrói seus objetos.

A mulher tenta acalmar o agressor, fica aflita e evita qualquer conduta que possa o provocar, onde acaba sentindo tristeza, angústia, ansiedade, medo e desilusão. No geral, a vítima nega que isso acontece com ela, escondendo os fatos das outras pessoas e, muitas vezes, acha que fez algo errado para justificar o comportamento violento do agressor ou que “ele teve um dia ruim no trabalho”, por exemplo. Essa tensão pode durar dias ou até anos, mas como ela aumenta cada vez mais, acaba levando para a outra fase.

Violência

Esta fase corresponde à explosão do agressor, ou seja, a falta de controle, chegando ao limite e levando ao ato violento. Toda a tensão acumulada na primeira se materializa em violência verbal, física, psicológica, moral ou patrimonial.

Mesmo tendo consciência de que o agressor está fora de controle e tem um poder destrutivo grande em relação à sua vida, o sentimento da mulher é de paralisia e impossibilidade de reação. Aqui, ela sofre de uma tensão psicológica severa (insônia, perda de peso, fadiga constante, ansiedade) e sente medo, ódio, solidão, pena de si mesma, vergonha, confusão e dor.

Nesse momento, ela também pode tomar decisões − as mais comuns são: buscar ajuda, denunciar, esconder-se na casa de amigos e parentes, pedir a separação e até mesmo suicidar-se. Geralmente, há um distanciamento do agressor.

Arrependimento

Também conhecida como “lua de mel”, se caracteriza pelo arrependimento do agressor, que se torna amável para conseguir a reconciliação. A mulher se sente confusa e pressionada a manter o relacionamento diante da sociedade, sobretudo quando o casal tem filhos. Ela abre mão de seus direitos e recursos e diz que “vai mudar”.

Há um período relativamente calmo, em que a mulher se sente feliz por constatar os esforços e as mudanças de atitude, lembrando também os momentos bons que tiveram juntos. Como há a demonstração de remorso, ela se sente responsável por ele, o que estreita a relação de dependência entre vítima e agressor.

Um misto de medo, confusão, culpa e ilusão fazem parte dos sentimentos da mulher. Por fim, a tensão volta e, com ela, as agressões da fase de tensão.

A denúncia é a parte mais importante, podendo partir de amigos, familiares, vizinhos, e de pessoas mais próximas. Se você tiver o conhecimento de que alguém está sofrendo algum tipo de violência e não acione a Polícia, se inclui no crime de omissão de socorro, onde é importante a realização da denúncia, acionando o 190 ou o 180, garantindo o sigilo do denunciante, conseguindo resgatar a vítima deste ciclo fatal de violência.

Não se cale! Denuncie! Ligue 180 ou 190! Ou para o 3521-0227 / 3521-9056 da Delegacia de Atendimento à Mulher de Três Lagoas.

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Captada pela lente fotográfica do editor de imagens João Pedro Latta, a jornalista da Rádio Caçula Thayuri Yung, ilustrou a capa desta matéria. Com uma linda produção de maquiagem feita por João Vitor, texto dos jornalistas Rafael Oliveira e Thayuri Yung, a equipe da Rádio Caçula mostrou que tem talento e saiu na defesa para representar as mulheres na causa do agosto Lilás. Vamos todos, brilhar em uma só cor, viva o lilás!. Todos por um mundo onde a mulher não seja mais oprimida psicologicamente ou agredida fisicamente.

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