Internacional – 17/05/2012 – 16:05
Angolano afirmava ser herdeiro de líder assassinado e propunha trocar uns dólares ‘tingidos de preto’ pelo mesmo valor em reais
A Polícia Civil de São Paulo prendeu na região dos Jardins, na zona sul da capital paulista, dois africanos suspeitos de tentar aplicar o golpe do “dólar negro”. Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP), o angolano J.P.O., de 32 anos, afirmava ser herdeiro de um líder da Costa do Marfim assassinado durante um levante e possuir milhões de dólares fornecidos pela Organização das Nações Unidas (ONU). O dinheiro deveria ser usado para ajudar na democratização do País, mas para evitar a ação de bandidos, as notas receberam um tratamento químico deixando-as negras. O angolano oferecia uma transação simples: trocava um dólar por um real.
De acordo com a polícia, a prisão do angolano e de um comparsa foi realizada após um investigador simular interesse em adquirir o dinheiro. Um dos acusados, durante a transação, chegou a aplicar uma injeção para dopar o policial, que, ainda assim, conseguiu dominar os estrangeiros.
A ação aconteceu dentro de um hotel na alameda Casa Branca. No local estava hospedado o vendedor angolano e o comparsa, o camaronês I.K., de 32 anos, que seria o químico responsável pela aplicação da substância que devolveria aos dólares tingidos a aparência normal.
Para fazer o flagrente, um investigador apresentou-se como irmão de um empresário que estaria negociando a troca e se mostrou disposto a investir R$ 25 mil, mas queria ver todo o processo de transformação.
Os africanos afirmaram que fariam a demonstração, mas no elevador, o investigador percebeu que havia sido dopado e dominou os golpistas. O camaronês ainda tentou destruir a seringa contendo um produto químico, mas foi dominado por outros agentes. A equipe também apreendeu no local 820 gramas de maconha. Os africanos foram autuados por tráfico de drogas e estelionato.
Fonte: Uol


