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Afastamento de diretora causa tumulto em frente à escola onde menino de 10 anos foi estuprado

26/04/2014 – Atualizado em 26/04/2014

A princípio professores não quiseram dar aulas, por causa do afastamento da direção

Por: MS Record

Depois da denúncia de moradores do bairro Estrela Dalva,de que o muro da Escola Municipal Consulesa Margarida Maksoud Trad, tem buracos por onde os traficantes passariam drogas aos alunos, a preocupação dos pais aumentou. Na manhã desta sexta-feira (25), o MS Record flagrou um tumulto em frente à escola – a princípio os professores não quiseram dar aulas, por causa do afastamento da direção.

Os pais de alunos da Escola Consulesa Margarida Maksoud Trad foram surpreendidos com a denúncia dos moradores do Estrela Dalva I ao MS Record nessa quinta-feira. Os buracos no muro da instituição municipal é local por onde seriam comercializados entorpecentes aos estudantes dos períodos vespertino e noturno. O fabricante de calçados, Cícero Arlindo da Silva ficou preocupado com a notícia.

“A gente fica preocupado porque são nossas crianças que estão no colégio, então ficamos preocupados com a situação”, diz Cícero.

A atendente de telemarketing, Cristina Rocca, como mãe cuidadosa, sempre busca orientar a filha. O diálogo tem sido ainda mais constante com os acontecimentos registrados na escola.

“Da melhor forma a gente tenta orientar em casa, a não se envolver com más companhias, recusar, se ocorrer alguma coisa, comunicar – pai e mãe, eu oriento o máximo para que realmente não aconteça nada”, diz Cristina.

Preocupados com a segurança dos filhos os pais pedem a presença mais constante da guarda municipal ou polícia militar. “Uma ronda melhor, com a polícia inibiria a ação, porque as vezes a gente vem buscar os filhos e tem gurizão de 15, 16 anos de moto fazendo baderna, até quem vem pegar as crianças, eles atrapalham ”, diz o montador de móveis, José Alberto.

Às 7h os portões da escola ainda não estavam abertos. Os alunos tomaram a rua em frente a instituição, o trânsito de carros e motos e até mesmo ônibus ficou prejudicado e as crianças e adolescentes expostas ao risco do atropelamento.

A situação só foi resolvida depois que duas equipes da guarda municipal chegaram ao local. Os portões foram abertos e os alunos entraram para a sala de aula. Mas os menores da educação infantil ainda estavam com as salas fechadas, o jardineiro Cosme Jesus ficou desorientado.

“As portas estão todas trancadas e diz que os professores estão em reunião, e nós como pais temos nossos compromissos, temos horário de entrar no serviço e horário de sair, não dá para ficar aqui o dia todo a mercê da escola”, diz o jardineiro.

A Secretaria de Educação formou uma coimissão interdisciplinar entre psicólogos, assistente social e diretoria para intervir na escola. Está marcada para a próxima semana uma reunião entre a comunidade escolar e os moradores do bairro Estrela Dalva.

20 minuto depois tudo ficou normalizado. Situações como estea e as denunicas envolvendo o nome da escola entristecem quem tem carinho pela instituição de ensino, é o caso de uma estudante de 13 anos, que há 8 estuda na consulesa e pediu para falar com a nossa equipe sem ser identificada. “Eu acho o ensino excelente, meus professores são excelentes, o que falta são funcionários”, diz estudantes.

Durante 30 dias a comissão interdisciplinar da Semed vai atuar na instituição providências imediatas serão tomadas na escola municipal Consulesa Maksoud Trad diante da denúncia da comunidade do bairro Estrela Dalva.

“A gente tem aí um problema intersetorial, então a gente pretende acionar as outras secretarias no que tange a nossa prefeitura e o prefeito é muito firme nessa questão que nós somos um time então todos nós temos que convergir para essa questão de fazer o melhor em prol desses meninos e meninas. Tampar esses buracos ver de onde vem, quem é que faz e aí acreditamos que a polícia possa nos dar esse apoio”, diz Ângela Brito.

A diretora não teve o nome divulgado pela secretaria. Ela vai ficar afastada, por 30 dias. A secretária explicou que os portões da escola demoraram a ser abertos hoje, porque os professores, ao saberem que a diretora será afastada da função, disseram que não iriam dar aulas, como uma forma de repúdio à notícia do afastamento. A secretaria municipal informou ainda que já fez uma intervenção nas noventa escolas municipais da capital, para que todas desenvolvam o projeto de prevenção ao uso de drogas, em parceria com o juiz federal Odilon de Oliveira. (Com colaboração Jacklin Andreucce, TV MS Record)

Foto: Reprodução Record MS

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