Projeto inclui outros aeroportos do estado e reforça expansão logística e turística em pontos chaves de MS.
Mato Grosso do Sul deve voltar à Bolsa de Valores de São Paulo (B3) em breve. Depois de três participações em leilões somente este ano, envolvendo trechos de rodovias e o Hospital Regional de Campo Grande. Agora, o governo estadual agora avança em um novo projeto, que é a concessão de nove aeroportos regionais, entre eles o de Três Lagoas.
A proposta, ainda em fase inicial, prevê atrair mais de R$ 150 milhões em investimentos privados em aeroportos localizados em Campo Grande, Três Lagoas, Chapadão do Sul, Coxim, Dourados, Bonito, Naviraí, Nova Andradina e Porto Murtinho. No caso da Capital, a concessão será do Aeroporto Santa Maria, próximo à BR-163, na saída para Três Lagoas.
Segundo o governo estadual, a melhoria dos terminais deverá ampliar a malha aérea sul-mato-grossense, aumentando o fluxo de passageiros e cargas e conectando polos turísticos e regiões estratégicas do agronegócio à rede nacional.
Para definir quais aeródromos iriam para concessão, o Escritório de Parcerias Estratégicas (EPE) enviou um conjunto inicial de 20 aeroportos para estudo da empresa Infra S.A., responsável pelo Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (Evtea).
O documento, entregue ao governo em abril deste ano, reduziu o escopo para nove aeroportos, considerados viáveis, entre eles o de Três Lagoas, importante polo industrial do Estado.
Com o Evtea concluído, o EPE já trabalha na estruturação da Parceria Público-Privada (PPP), apresentada em outubro a empresas interessadas na B3. O objetivo é aprimorar infraestrutura, serviços e segurança aeroportuária.
Segundo informações do projeto, os municípios selecionados concentram forte atividade agrícola, pecuária e industrial. Em 2022, a Secretaria Estadual de Fazenda registrou 10.189 estabelecimentos industriais, um aumento de mais de 220% em relação a 2007.
Ainda não há data definida para a realização do leilão. O governo avalia se lançará um pacote único com os nove aeroportos ou se dividirá em lotes, como sugerido no estudo da Infra S.A.


