Decisão foi anunciada pelo presidente da Casa, Hugo Motta, após repercussão de denúncias feitas pelo influenciador Felca Bress sobre exploração de crianças em plataformas digitais
O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos), anunciou nesta segunda-feira (11) que irá pautar projetos que visam restringir ou coibir conteúdos e perfis nas redes sociais que promovam a chamada “adultização” de crianças e adolescentes. A decisão ocorre após grande repercussão nas redes envolvendo denúncias do influenciador digital Felca Bress.
Felca vem utilizando suas plataformas para denunciar perfis com milhões de seguidores que expõem crianças e adolescentes em trajes inadequados, dançando músicas sensuais ou abordando temas sexuais, com o objetivo de atrair visualizações e monetizar os conteúdos. A prática tem gerado indignação e levantado um debate urgente sobre a proteção da infância no ambiente digital.
“O vídeo do Felca sobre a ‘adultização’ das crianças chocou e mobilizou milhões de brasileiros. Esse é um tema urgente, que toca no coração da nossa sociedade. Na Câmara, há uma série de projetos importantes sobre o assunto. Nesta semana, vamos pautar e enfrentar essa discussão. Obrigado, Felca. Conte com a Câmara para avançar na defesa das crianças”, declarou Hugo Motta em uma rede social.
O termo “adultização infantil” se refere à exposição precoce de crianças a comportamentos, responsabilidades e conteúdos que deveriam ser exclusivos da vida adulta. De acordo com o Instituto Alana, organização que atua na promoção dos direitos da infância, essa exposição pode levar à erotização precoce e causar impactos negativos no desenvolvimento emocional e psicológico das crianças.
Felca, que já acumula milhões de visualizações ao abordar o tema, também tem feito um apelo público para que plataformas digitais deixem de permitir e monetizar conteúdos que exploram a imagem de crianças de forma inapropriada. “Tira o dinheiro dessa galera que tudo que eles fazem perde o sentido”, disse o influenciador em uma publicação recente.
A expectativa é que o debate avance no Congresso Nacional ainda nesta semana, com foco na criação de mecanismos legais que responsabilizem plataformas e criadores de conteúdo que violem os direitos da infância.
Com informações Agência Brasil