Internacional – 29/04/2012 – 11:04
Em 2012, Foxconn teve 11 trabalhadores que se jogaram de prédio; dois deles sobreviveram
A empresa Foxconn, principal fornecedora de gigante Apple, está enfrentando novamente acusações sobre suas condições de trabalho. Rong Bo, que trabalhava na empresa, se matou em janeiro deste ano, mas sua morte não havia sido noticiada até essa sexta-feira (27). Bo fazia parte do grupo de trabalhadores da unidade de Langfang, na província de Hebei e pulou do prédio onde prestava seus serviços.
Os suicídios aumentaram as dúvidas sobre as condições de trabalho oferecidas pela Foxconn, como o complexo da fábrica e dormitórios. Segundo o jornal americano Huffington Post, ativistas pelos direitos trabalhistas alegam que a empresa tem um histórico antigo que confirma as acusações de más condições dos trabalhadores. Os ativistas afirmam que os empregados têm enormes jornadas de trabalho sob pressão e intolerância com os erros.
A Foxconn conta com redes de proteção contra suicídios em toda a fábrica, para evitar novas mortes.
O caso mais repercurtido sobre os suicídos na Foxconn aconteceu em julho do ano passado, quando Sun Danyong se matou após ser interrogado sobre um protótipo de iPhone que havia desaparecido. Sun foi o responsável por mandar o telefone para a base da Apple nos Estados Unidos.
Um outro trabalhador, identificado apenas como Lu, também se matou nas instalações da fábrica, ao pular de um edifício, no começo do mês.
O porta-voz da empresa, Arthur Huang, disse, em e-mail para a agência Associated Press, que a Foxconn promove programas de responsabilidade social para garantir o bem-estar de seus trabalhadores.
Além de produtos Apple, a Foxconn também produz computadores para a marca Hewlett-Packard Co., consoles do videogame PlayStation e telefones celulares para a Nokia.
Foxconn no Brasil
A empresa fornecedora da Apple também possui uma fábrica no interior de São Paulo, na cidade da Jundiaí. O site brasileiro Tech Guru noticiou, nesta quinta-feira (26), que os trabalhadores da filial paulista, seguindo o exemplo chinês, estão reivindicando melhores condições de trabalho.
São cerca de 2.500 funcionários que ameaçam entrar em greve nos próximos dias se as reivindicações não forem atendidas. As reclamações são referentes à superlotação dos ônibus que levam à empresa, a qualidade da alimentação, estrutura do refeitório e à falta d’água na fábrica.
Fonte: R7


