26 C
Três Lagoas
terça-feira, 25 de novembro, 2025

Cade considera compra da Fibria como “complexa”

18/03/2018 09h35

Cade considera compra da Fibria como “complexa”

Operação de compra pela Suzano será um desafio para órgão

Por: Da Redação

A compra da Fibria pela Suzano é vista como complexa por integrantes do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Um integrante do conselho disse que a operação representará um “desafio” para o órgão.

O caso ainda não foi notificado ao conselho, que terá 240 dias, prorrogáveis por mais 90, para analisar a fusão. Advogados que atuam na área também disseram que a operação certamente será analisada com lupa e dificilmente seria aprovada sem nenhuma restrição pelo órgão.

O veto ou a imposição de fortes restrições ao negócio é uma preocupação das empresas, tanto que o próprio acordo firmado entre elas prevê o pagamento pela Suzano de uma taxa de R$ 750 milhões caso a fusão não possa ser concretizada, por exemplo, por imposição de autoridades que se opõem à formações do monopólios e defender a livre concorrência.

No mês passado, o Cade barrou a compra da Liquigás, detida pela Petrobras, pela Ultragaz. Com isso, o grupo Ultra teve que pagar uma “break-up fee” (multa) de R$ 280 milhões à estatal, até então a maior já paga no Brasil. Em 2017, o órgão também vetou a compra da rede de postos Ale pela Ipiranga, a do grupo de educação Estácio pela Kroton e a aquisição da Mataboi pelo grupo JBJ.

Celulose – Para a advogada especialista em concorrência Patrícia Agra, as análises do Cade envolvendo o setor de celulose no passado entenderam que o mercado era muito concentrado e com muitas barreiras à entrada, como, por exemplo, a restrição a estrangeiros comprarem terras no Brasil.

No entanto, as operações foram aprovadas porque o conselho acreditou que havia rivalidade entre grandes grupos econômicos com muita expertise nesse mercado, o que garantia a concorrência no mercado. “Nesse caso, são duas gigantes que disputavam entre si. A análise do Cade vai se concentrar no impacto da operação nessa questão, no nível da rivalidade após a fusão”, explicou.

Em entrevista coletiva, o presidente da Suzano, Walter Schalka, procurou minimizar a possibilidade de a aquisição da Fibria, anunciada na sexta, venha a enfrentar restrições de órgãos antitrustes.

Ao tentar afastar a ideia de que a combinação das empresas poderá fortalecer o poder de influência do grupo na dinâmica internacional de preços, o executivo afirmou que a companhia continuará sujeita às forças de oferta e demanda que levaram à “grave volatilidade’ nos preços internacionais da celulose nos últimos anos. Também pontuou que a participação de mercado da Suzano seguirá baixa se consideradas as fibras de diversas origens e assinalou que a empresa enfrenta grandes competidores nos mercados chinês, europeu e americano, de forma que espera concluir a operação sem ter que vender um ativo sequer.

“Não entendemos que seja necessário vender ativos para aprovação. Vendemos commodities que múltiplos players fabricam em condição adequada”, declarou Schalka.

Por: Exame

Deu na Rádio Caçula? Fique sabendo na hora!
Siga nos no Google Notícias (clique aqui).
Quer falar com a gente? Estamos no Whatsapp (clique aqui) também.

Veja também

SAMU de Três Lagoas divulga novas orientações de desengasgo atualizadas para 2025

Nova diretriz internacional traz mudanças em primeiros socorros para adultos e bebês Com o objetivo de ampliar o conhecimento da população e tornar o atendimento...

Produtores têm até 1º de dezembro para declarar e atualizar rebanhos em MS

Iagro alerta que prazo não será prorrogado e atraso pode gerar multas e bloqueio de GTA Os produtores rurais de Mato Grosso do Sul têm...

Câmara de Três Lagoas realizará Sessão Solene para entrega de honrarias nesta terça-feira

com Propositura do vereador Marcus Bazé A Câmara de Vereadores de Três Lagoas promove, nesta terça-feira (25), às 18h30, uma Sessão Solene destinada à entrega...