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Hospital Auxiliadora quer conscientizar pessoas sobre importância de ser um doador órgãos

21/02/2018 13h21

O doador deve comunicar a família sobre vontade de doar órgãos, visto que é um familiar de primeiro grau que autoriza ou não a doação.

Por: Laís Eger Penha

No último fim de semana, o Hospital Nossa Senhora Auxiliadora realizou a 4ª captação de órgãos da história da unidade de saúde. Na ocasião, foram extraídos três órgãos: dois rins e um fígado.

Para ser um doador de órgãos, é necessário primeiramente, que o paciente seja diagnosticado com morte encefálica. O segundo passo é os familiares autorizarem a doação. Quando a extração é permitida, a Central Nacional de Transplantes é comunicada e o receptor do órgão é definido.

Uma pessoa que possui todos os órgãos em boas condições podem doar córneas, coração, pulmão, fígado, rins, pâncreas, pele e ossos.

A enfermeira e coordenadora da Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT), Daiane Alves Santos, ressaltou que é necessário que os doadores conversem com seus familiares e deixem claro o desejo de doar órgãos.

A captação só pode ser concretizada com a autorização de familiares. Segundo a enfermeira, não basta deixar registrado através de documentos, pois quem assinará a autorização, é um parente de primeiro grau.

“Não adianta simplesmente ter na carteira de identidade ‘sou doador’, é preciso deixar claro para a família, pois a decisão de doar ou não é da família.”

Após o paciente ser diagnosticado com morte encefálica, é necessário realizar alguns procedimentos até a extração. A família passa por um processo de entrevistas e posteriormente decide se os órgãos serão doados ou não. Se permitido, os órgãos são avaliados, para identificação de quais estão em condições de serem usados em transplantes.

O procedimento de extração, a partir da autorização da família, dura entre 48 e 72 horas para ser concluído. Após esse trabalho, o órgão é encaminhado para o hospital que fará o transplante.

“É muito importante que todas as pessoas falem para a família que querem ser doadoras. É mais fácil para eles decidirem doar ou não quando sabem da vontade por parte do paciente.”, comentou Daiana.

Esse ato não causa nenhuma perda para o paciente, pelo contrário, ajuda a salvar vidas. A morte encefálica é irreversível e, segundo o enfermeiro e coordenador do Pronto Socorro, Carlos Júnior Barbosa, muitas famílias, não podendo fazer mais nada pelo ente querido, ficam felizes em poder ajudar outras pessoas.

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“É visível em todos os casos de captação, a satisfação da família em poder ajudar o próximo mesmo em um momento de tristeza, de dor. Em todos os casos que fizemos a extração dos órgãos, as famílias puderam participar de todo esse processo, da acolhida, do momento de humanização que eles tem. Nesse momento é muito difícil tomar uma decisão, mas podemos ver a satisfação dos familiares ao doarem.”

A primeira captação de órgãos no Hospital Auxiliadora aconteceu em abril de 2016. Para mais extrações acontecerem, é necessário haver demanda para tal procedimento.

Os enfermeiros pedem que as pessoas busquem se conscientizar a respeito da doação de órgãos e venham a se tornar doadores. É um ato de generosidade, que não causa danos, pelo contrário, ajuda a salvar a vida de outras pessoas.

Já pensou em como será emocionante saber que o coração de seu ente querido continua batendo e possibilitando que outra pessoa viva? Pense nisso, seja um doador e autorize a doação de órgãos de seus familiares!

O que é a CIHDOTT

A Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT) é uma equipe formada para realizar o procedimento da extração de órgãos. A equipe é composta por dois enfermeiros, um médico neurologista, uma assistente social e uma psicóloga.

A CIHDOTT ainda recebe apoio da equipe da OPO (Organização de Procura de Órgãos) e do Centro Estadual de Transplante (CET). Durante os procedimentos de extração, as três equipes estão em constante comunicação, para garantir que o órgão chegará ao receptador.

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