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PF faz buscas no apartamento onde mora ex-governador de MS na 5ª fase da operação Lama Asfáltica

14/11/2017 07h33

Operação Papiros de Lama cumpre dois mandados de prisão preventiva, dois de prisão temporária, seis de condução coercitiva e 24 de busca e apreensão.

Por: Da redação

Policiais federais entraram por volta das 6h (de MS) desta terça-feira (14) no prédio onde mora o ex-governador de Mato Grosso do Sul, André Puccinelli (PMDB), em Campo Grande. Segundo o advogado Renê Siufi, que atua na defesa de Puccinelli, policiais fazem busca no apartamento dele. O advogado disse ainda que não tem informações sobre mandado prisão.

A ação faz parte da 5ª fase da operação Lama Asfáltica. A Polícia Federal também está em outros endereços. Na capital, há policiais federais em pelo menos outros dois prédios residenciais e há mandados sendo cumpridos ainda em Nioaque, Aquidauana e São Paulo.

Segundo o advogado Renê Siufi, que atua na defesa de Puccinelli, policiais fazem busca no apartamento dele. O advogado disse ainda que não tem informações sobre mandado prisão.

De acordo com a Polícia Federal (PF), a operação Papiros de Lama tem objetivo de cumprir dois mandados de prisão preventiva, dois de prisão temporária, seis de condução coercitiva, que é quando a pessoa é levada por policiais para prestar depoimento, e 24 de busca e apreensão.

A Controladoria-Geral da União (CGU) também integra a ação. Valores nas contas bancárias de pessoas físicas e empresas investigadas foram apreendidos.

Conforme a PF, a investigação que resultou na Papiros de Lama tem como objetivo acabar com grupo suspeito de desviar R$ 235 milhões em recursos públicos por meio do direcionamento de licitações públicas, superfaturamento de obras públicas, aquisição fictícia ou ilícita de produtos, financiamento de atividades privadas sem relação com a atividade-fim de empresas estatais, concessão de créditos tributários com vistas ao recebimento de propina e corrupção de agentes públicos.

Ainda conforme a PF, a propina era mascarada de diversas formas. Uma delas, era a compra, sem justificativa plausível, de obras jurídicas, por parte de empresa concessionária de serviço público e direcionamento dos lucros, por interposta pessoa, a integrante do grupo investigado.

No apartamento do ex-governador

Em maio deste ano, policiais estiveram no apartamento de Puccinelli, no bairro Jardim dos Estados, e o levaram em viatura caracterizada à Superintendência da PF. Foi cumprido mandado de condução coercitiva. Em 2016 a primeira busca no local, no âmbito da operação Fazendas de Lama.

Policiais e servidores da CGU e da Receita Federal foram também à Secretaria de Estado de Fazenda e à Secretaria de Estado de Educação, ambas no Parque dos Poderes, à casa do filho do ex-governador, fazendas, à empresas de informática, frigorífico e residências.

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Outras fases da operação

A primeira operação da PF sobre desvio de dinheiro público em gestões anteriores do governo do Estado foi deflagrada em 9 de julho de 2015. A ação apurava fraude em obras públicas. Em uma delas, grama que deveria ser plantada ao longo de três rodovias era substituída por capim. Todos os investigados negaram as acusações.

Em 10 de maio de 2016 a segunda fase da investigação: a operação Fazendas de Lama. Esta foi a primeira vez que a PF esteve na casa do ex-governador André Puccinelli. Investigação da PF, CGU e Receita indicaram que o dinheiro obtido com corrupção foi usado para compra de fazendas, daí o nome da ação.

Em julho de 2016 CGU, Receita e PF deflagraram a terceira fase da operação: a Aviões de Lama. Apurações apontaram que os investigados sobre corrupção estavam revendendo bens de alto valor e dividindo o dinheiro com diversas pessoas, com objetivo de ocultar a origem.

A quarta fase foi em maio de 2017. Conforme a PF, os alvos direcionavam licitações públicas, superfaturavam obras, faziam aquisição fictícia ou ilícita de produtos e corrompiam agentes públicos. Os recursos desviados resultaram em lavagem de dinheiro.

(*) Informações com o G1.

Policiais federais entram no prédio onde mora o ex-governador de MS, em Campo Grande (Foto: Reprodução/ TV Morena)

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