25/10/2017 12h51
Por: Ana Carolina Kozara
O desespero de Neuza Aparecida dos Santos, de 57 anos, registrado por sua irmã na tarde desta terça-feira (24) depois de a mulher ter seu beneficio negado pelo perito do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), ganhou repercussão em Três Lagoas e levantou mais uma vez a discussão do mau atendimento nas agências.
Neuza faz tratamento psiquiátrico desde a morte de sua filha e ontem (24) precisou ser socorrida pelo Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) depois que o perito teria dito para a mulher “parar de mamar na teta do governo e voltar a trabalhar”. Doente, transtornada e em desespero, Neuza teve um mal súbito e chegou a urinar na roupa durante o ataque.
Nesta quarta-feira (25), ouvintes da Caçula FM entraram em contato com a emissora, informando que casos como o de Neuza acontecem constantemente e que muitos profissionais que trabalham na unidade não tem respeito com o beneficiário
De acordo com a assessoria de imprensa do Instituto Nacional do Seguro Social, ontem foi a quinta vez Neuza esteve na agência de Três Lagoas, na tentativa de conseguir um auxílio-doença.
O perito do INSS, que já havia atendido a mesma em outras quatro oportunidades, entendeu que para não prejudicá-la, solicitou que fizesse um reagendamento para com isso cair o atendimento com outro médico.
Por não aceitar a decisão do perito teria agredido o mesmo. O caso foi registrado nas policias Civil e Federal, que são os procedimentos para ocorrências desta natureza.
Em comunicado oficial, a Gerência-Executiva do INSS em Campo Grande lamentou o ocorrido e afirmou que tem trabalhado incansavelmente em busca de melhorias no atendimento de todas as agências do estado.
Em caso de reclamações, o usuário deve entrar em contato através da Central de Atendimento fone 135.
