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Carne fraca: Frigoríficos desmoralizados, servidores penalizados

19/03/2017 12h41

Empresas continuam propagando seus produtos na mídia nacional

Por: Gil Nei Silva

Considerada a maior operação na história da Polícia Federal, a “carne fraca”, deflagrada na ultima sexta-feira (17), desmantelou um esquema de pagamento de propina envolvendo funcionários do Ministério da Agricultura e empresários do ramo alimentício para relaxar a fiscalização e conseguir a liberação de licenças. A operação teve como alvos frigoríficos de pequeno porte e as gigantes BRF e JBS, que sentiram reflexos em seu valor de mercado, suas ações tiveram uma forte desvalorização na Bolsa de Valores ao longo do dia.

Diante das informações de que produtos estragados estavam sendo liberados ao consumo, o governo precisou se mobilizar para tranquilizar a população e avisar que “não há razão para pânico”, pois nem todos os frigoríficos do país estavam envolvidos nos casos investigados. Por fim, tomou como providências a interdição de três fábricas, um da BRF e dois da Peccin, e a punição de 33 funcionários do Ministério da Agricultura.

Investigação detectou que as Superintendências Regionais do Ministério da Pesca e Agricultura nos Estados de Paraná, Minas Gerais e Goiás atuavam diretamente para proteger grupos empresariais em detrimento do interesse público.

O governo vai instaurar procedimentos para apurar a conduta desses servidores. alguns processos já haviam sido abertos no passado, sobre o mesmo tema, mas ainda não foram concluídos.

EMPRESAS

Enquanto cresce o temor entre a população de encontrar alimentos em mau estado nas gôndolas dos supermercados. Os frigoríficos atingidos pelo escândalo afirmaram neste sábado (18) em redes de televisão que a qualidade de seus produtos não está em questão.

A televisão continuava mostrando o famoso ator americano Robert de Niro em uma publicidade de presunto “gourmet” da marca Seara, propriedade da JBS. No anúncio, De Niro aparece na província de Parma degustando pedaços de presunto com “autêntico sabor italiano”, segundo uma de suas falas no comercial.

Em outro espaço contratado em uma página completa nos jornais, o grupo BRF “assegura a qualidade e a segurança de seus produtos e garante que não há nenhum risco para seus consumidores”.

Mas a verdade é que Foram emitidas 27 ordens de prisão preventiva e ao menos três frigoríficos foram fechados na sexta-feira (17), um dedicado ao sacrifício de frangos (do grupo multinacional BRF) e dois da empresa Peccin que fabricavam mortadelas e salsichas. Outros 21 estabelecimentos estão sob investigação.

Eumar Novacki, secretário-executivo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, sugere que os consumidores fiquem atentos à aparência dos produtos antes do consumo, mas disse que seria precipitado recomendar que um ou outro alimento deixe de ser adquirido.

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Ministério da Agricultura alerta consumidor,

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