26 C
Três Lagoas
quinta-feira, 11 de dezembro, 2025

Alunos de Realengo tentam superar trauma um ano após o massacre

Geral – 08/04/2012 – 14:04

Alunos de Realengo tentam superar trauma um ano após o massacre

Tragédia em escola no Rio Um ano após o massacre que deixou 12 crianças mortas e outras 11 feridas na Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, zona oeste do Rio, até mesmo o ruído do portão de entrada faz com que os estudantes relembrem o dia em que o ex-aluno Wellington Menezes de Oliveira, 23, invadiu duas salas do 8º ano atirando com dois revólveres.

Na tentativa de ajudar os 1.162 alunos a superarem o trauma, a escola foi totalmente reformada. Um prédio novo foi construído ao lado do antigo. Grades substituíram os muros.

Mesmo com todas as mudanças, é difícil esquecer. Quarenta e dois alunos ainda recebem atendimento psicológico de uma equipe especial montada pela prefeitura, conta o diretor da Tasso da Silveira, Luís Marduk.

Professores também são orientados sobre como conduzir o assunto do massacre dentro e fora da sala de aula.

“Esta semana, com o aniversário de um ano, houve um desequilíbrio maior. Nossa meta é continuar trabalhando em conjunto, porque só o coletivo é capaz de conseguir superar essa dor” disse Marduk à Folha.

Três psicólogos, dois assistentes sociais e dois professores investem em projetos lúdicos para tentar apagar as marcas deixadas pelo massacre, que afeta de forma diferente cada aluno e parente de vítima.

A escola municipal Tasso da Silveira, em Realengo (zona oeste do rio), é reformada após o massacre que matou 12 crianças

A escola municipal Tasso da Silveira, em Realengo (zona oeste do Rio), é reformada após o massacre

Síndrome do pânico, dificuldade de guardar informações, baixo desempenho escolar, depressão e insônia são alguns dos efeitos relatados.

Desde o tiroteio, um guarda municipal faz a segurança da escola o dia inteiro. Pais de vítimas, porém, dizem que já pediram à prefeitura que ampare outras escolas da cidade com o mesmo serviço, como forma de precaução.

“Só colocaram guarda municipal na Tasso da Silveira por causa do ataque. Não tem isso nas outras escolas da cidade. As crianças precisam de segurança para que não aconteça outra tragédia”, alerta Adriana Maria da Silveira Machado, 41, que perdeu a filha Luiza Paula da Silveira Machado, 14, no massacre.

A prefeitura informou que, após o ataque, contratou porteiros e agentes educadores para todas as escolas municipais.

A Secretaria Municipal de Educação afirma que os guardas municipais realizam ronda escolar “em parte dos colégios”. Mas confirma que a Tasso da Silveira foi a única a receber um guarda municipal para atuar no entorno da unidade.

Fonte: Folha.com

Deu na Rádio Caçula? Fique sabendo na hora!
Siga nos no Google Notícias (clique aqui).
Quer falar com a gente? Estamos no Whatsapp (clique aqui) também.

Veja também

Câmara homenageia gestão municipal, servidores e programas premiados por excelência em 2025

Saúde, assistência, governança, transparência e cultura tiveram reconhecimento em cerimônia solene realizada no plenário Em solenidade realizada na noite desta quarta-feira, a Câmara de Vereadores...

Vereadores aprovam projetos e Câmara se prepara para nova extraordinária antes do recesso

Sessão movimentou a pauta e antecede nova reunião para alinhar os projetos pendentes Na manhã desta quinta-feira (11) ocorreu a 8ª sessão extraordinária do ano....

Três Lagoas encerra campanha de ativismo pelo fim da violência contra mulheres com ação simbólica na Lagoa Maior

O Centro de Referência de Atendimento à Mulher em Situação de Violência encerrou, no dia 10 de dezembro, a campanha “16 Dias de Ativismo...