16/08/2016 – Atualizado em 16/08/2016
A Central Sindical prestou apoio ao movimento
Por: Rayani Santa Cruz
Os lideres da Comissão de Fiscalização e Reivindicação dos Desempregados de Três Lagoas estiveram na Câmara Municipal de Três Lagoas, nesta manhã manifestando o descontentamento com a situação em que os trabalhadores se encontram na cidade.
Um protesto na que estava previsto para ocorrer na BR 158 nesta segunda-feira (15), em frente a Fibria findou-se por completo pela falta de manifestantes. E o líder da Comissão Marcio Batista (34) afirmou estar bem descontente pela falta de “compromisso” de algumas pessoas, apesar de entender que muitos trabalhadores temem represálias.
Ele disse que havia a necessidade de um número maior de pessoas e existe uma certa dificuldade, pelo medo que as pessoas tem de serem identificados pelas grandes empresas e posteriormente serem impedidos de disputar as vagas oferecidas.
Segundo Batista o objetivo da ida dos membros na Casa de Lei foi para a divulgação das reivindicações, e para que a sociedade três-lagoense fique ciente que não existe um grupo de baderneiros e sim pessoas que estão fartas de sofrerem nas ruas de madrugada atrás de uma vaga de emprego.
Durante a sessão os trabalhadores levantaram faixas em sinal de protesto e após isso deixaram as mesmas ao lado de fora do prédio.
A Central Sindical esteve no local e o professor da UFMS Vitor Wagner Neto, representou a Comissão e teve a palavra na Câmara usando a tribuna, para ele o legislativo que fiscaliza as leis deve estudar o caso das empresas que recebem benefícios fiscais, pelo fato de ser descrito por lei que pelo menos 40% da contratação de mão de obra deve ser local.
Neto diz que foi sugerido que a Câmara faça uma Audiência Pública convocando a Casa do Trabalhador, as empresas e a Comissão de Fiscalização para que haja uma discussão, e que a mesma passe a verificar essas empresas que como já foi citado recebe benefícios fiscais, já que o município não tem o controle da contrapartida social, ou seja, do número de vagas oferecidas.
Para ele o que está sendo cobrado é a lisura no processo de contratação porque há denuncias de que os trabalhadores que estão nas filas estão aguardando meses, enquanto que ônibus com pessoas de outros estados estão vindo executar serviços na cidade. O Professor e sindicalista disse que algumas pessoas ficam até 10 dias para receber a resposta das empresas, correndo o risco de perder o seguro desemprego e até de arrumar um outro pela falta de resposta.
Neto ainda afirmou que a vontade maior dessas pessoas é passar pelo processo de seleção, ter uma resposta dos selecionadores e se houver a qualificação pedida a futura contratação.
Até o momento o poder público não se manifestou em relação ao caso da Comissão.

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