19/07/2016 – Atualizado em 19/07/2016

“Pau Brasil” vira caso de polícia; moradora coloca cartaz na árvore para tentar achar o culpado

Redação

Um ato de vandalismo feito contra uma árvore nativa da Mata Atlântica Brasileira virou caso de polícia em Três Lagoas.

Conforme a professora e enfermeira Priscyla Portoni Gomes, que reside na Avenida Paulo Baccaro Filho, no bairro Jardim dos Ipês 4, por volta das 14h30min desta segunda-feira (18), ela se ausentou por algumas horas de sua residência e ao retornar por volta das 16h30min, notou que uma árvore da espécie “Pau Brasil” de 1,5 metros de altura – que foi plantada por ela há 3 anos na frente de sua residência – teve os galhos quebrado, caracterizando um crime ambiental.

Além de quebrar a árvore, o infrator arrancou todas as folhas da árvore, que tiveram que ser recolhidas por ela em uma carriola.

“Eu trouxe esta árvore de Porto Seguro-BA quando ela tinha 10 centímetros. Vou descobrir quem fez esta maldade porque meu vizinho tem um circuito de câmera que gravou tudo e então, vou oficializar o ocorrido na polícia – que já foi comunicada – para que esta pessoa responda pelos seus atos. Até mesmo a árvore da minha vizinha foi quebrada. Isto é pura maldade.”, disse a professora.
Como forma de indignação, a professora colocou um cartaz no lugar da árvore para tentar achar o culpado.

O cartaz diz: “Eu era uma árvore Pau Brasil, mas a mão humana me destruiu. Até às 14h eu estava lindo e verde, cheio de brotos, porém às 16h30min me deixaram assim. Cadê o culpado”.

Quanto ao autor, a professora já desconfia de uma pessoa, mas prefere aguardar as imagens das câmeras para não cometer injustiças.

Nem todos sabem, mas o corte ou a poda das árvores sem autorização é considerado crime. O infrator pode ser condenado a pagar multa no valor de R$ 500,00 ou até ser detido.

O valor da multa ou da pena também muda dependendo do tipo de árvore em questão. Se a árvore apresentar características que a definam como de preservação permanente, como o “Pau Brasil”, o ato de corte ou poda é considerado crime e infração administrativa, fatores que agravam a transgressão. Casos como o mostrado na reportagem devem ser denunciados na Polícia Militar Ambiental de cada cidade onde ocorreu o crime.

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