06/07/2016 – Atualizado em 06/07/2016
Garotos de 16 e 17 anos estavam em casa com drogas e arma, diz polícia.
Vítima disse ter sido drogada e exame confirmou violência sexual.
Por: G1
Dois adolescentes de 16 e 17 anos foram apreendidos nesta quarta-feira (6) suspeitos de estuprar uma menina de 12 anos em Campo Grande. Eles foram localizados depois que a vítima denunciou o caso à polícia, segundo o delegado Paulo Sérgio Lauretto, titular da Delegacia Especializada de Atendimento à Criança e ao Adolescente (Depca). A polícia investiga se o estupro foi coletivo e tenta identificar outros suspeitos apontados pela garota.
A violência sexual foi confirmada por laudo do Instituto de Medicina e Odontologia Legal (Imol), segundo o delegado. A vítima prestou depoimento acompanhada de psicóloga. Os policiais fizeram buscas na casa onde a garota disse ter sido drogada e estuprada. No local, estavam os adolescentes e foram encontrados um revólver calibre 38 municiado, cocaína e maconha.
Sumiço
O caso começou a ser investigado a partir do desaparecimento da adolescente, que saiu de casa sem avisar a família. “Ela foi levada até a Casa da Mulher Brasileira e relatou que teria sido recolhida por um indivíduo desconhecido e levada para este local para passar a noite e relatou que haviam várias pessoas ali e que nesse local ela foi compelida a usar substancias entorpecentes e ficou desacordada e, no dia seguinte, acordou já despida, seminua”, relatou o delegado.
A garota foi levada para exame médico, que confirmou a violência sexual. A partir disso, a polícia fez diligências e identificou o local para onde a menina tinha sido levada.
“A menina teria dito que, na ocasião, tinha visualizado arma de fogo e substâncias entorpecentes e, na manhã de hoje, nesse local em que encontramos os dois adolescentes havia um revólver calibre 38 totalmente municiado, 20 g de cocaína e 2 porções de maconha”, explicou Lauretto.
Os adolescentes apreendidos foram levados para a Depca para reconhecimento da vítima e serão encaminhados para a Delegacia Especializada de Atendimento à Infância e Juventude (Deaij) por conta do ato infracional. Sobre a suspeita de estupro coletivo, o delegado afirma que ainda será apurada a denúncia.
“Como ela mesmo disse, durante o tempo em que foi estuprada, ela não percebeu nada porque estava desacordada, então, não temos como, agora nesse momento da investigação, dizer se foi um, dois ou três abusadores. É certo que na ocasião foi recolhido material genético para comparação com suspeito, ainda não recebemos o laudo dessa coleta de material genético. De posse desse laudo, podemos encaminhar amostra de pessoas suspeitas para fazer essa comparação e verificar se realmente é possível a identificação por meio desse exame”, concluiu.
