25/05/2016 – Atualizado em 25/05/2016
Contagem dependerá da criação de Unidade de Conservação, afirma responsável
Por: Marcio Ribeiro
Quem utiliza a orla da Lagoa Maior para alguma atividade física, esportiva ou recreativa tem notado o aumento de capivaras naquele cartão postal de Três Lagoas. A alta proliferação também atinge a segunda lagoa. Preocupada com esse controle, ou a falta deste, a equipe de jornalismo da Rádio Caçula questionou o administrador das 3 lagoas, reservatórios estes que dão origem ao nome de nossa cidade.
De acordo com o Sr. Manoel Pimenta de Queiroz, técnico de Meio Ambiente, “de fato a situação requer atenção, no entanto não tenho esses dados, não.”
Perguntado se os animais estão migrando para outra lagoa e demais pontos da cidade ele confirmou essa realidade: “estamos sabendo disso, mas na segunda lagoa existem poucas capivaras. Notamos também que algumas sumiram, mas é difícil e prematuro creditarmos isso apenas ao ‘efeito jacaré’, que é um predador natural da capivara.”
Pimenta ainda foi enfático em afirmar que “a gente perdeu o controle sobre a espécie, tanto que no momento não temos o total. Se bem que também não temos essa preocupação, pois será construída na cidade a Unidade de Conservação, um monumento natural, com o ideal de capturarmos uma a uma para análise e consequente plano de manejo”, disse.
Segundo o administrador, a atual gestão do Poder Executivo deverá emitir decreto com essa finalidade num prazo de 60 dias. “Depois da audiência que já realizamos será feito o Geoprocessamento da área, seguindo cronograma específico. Um grupo gestor será formado, e terá a finalidade de definir um plano de manejo para execução num prazo de 6 meses a 1 ano. O recolhimento de dados será feito com critério, contabilizando e analisando os animais, peixes, aves, espécies botânicas e todo o entorno das 3 lagoas” garantiu. Sobre a localidade desse escritório, Manoel informou que “ainda não temos a localidade, mas é pensamento instalá-lo próximo a Sejuvel”, ponderou.
Perguntado sobre a temeridade de a capivara ser vetor de doenças, como a febre maculosa transmitida pelo carrapato estrela, Pimenta foi enfático: “alguém já apontou o fato de convivermos a tantas capivaras e até hoje, graças a Deus, não ter sido registrado nenhum caso de febre maculosa. É uma tremenda sorte, mas acredito também que está havendo um equilíbrio natural nas lagoas com a existência das ‘garças carrapateiras’ e de outras aves, como os ‘bem te vis’ que se alimentam desses parasitas. É claro que existe a preocupação e por isso estamos nos mobilizando, tanto que o setor de Zoonose está com um projeto em parceria com a Fibria para a aquisição e instalação de armadilhas de carrapato. Quanto isso, apenas o setor de Zoonose poderia dar mais detalhes”, declarou.
Pimenta ainda informou que no dia 14 de Junho, véspera do aniversário da cidade, haverá um Mutirão de recolhimento de lixo e materiais inservíveis à beira da segunda lagoa. “Os atiradores do Exército deverão nos apoiar nesta iniciativa”, finalizou.