25/05/2016 – Atualizado em 25/05/2016
Grupo recebia ordens de superior para matar policiais em Três Lagoas.
Dia do julgamento ainda não foi definido; dois serão julgado separados.
Por: G1
O juiz da 1ª Vara Criminal de Três Lagoas, Rodrigo Pedrini Marcos, aceitou denúncia contra 17 integrantes de uma organização criminosa que cumpriam ordem para matar policiais em Três Lagoas.
Além deles, outros dois devem responder em processo separado por estarem foragidos. O grupo foi acusado pelo crime de formação de quadrilha e seis desses acusados também por homicídio duplamente qualificado com incidência de causa de aumento, ou seja, qualificados por motivo torpe e mediante emboscada, além de praticado por milícia privada.
Segundo a denúncia, entre os meses de março e abril de 2013, o grupo se organizou para cumprir ordem superior de uma facção criminosa paulista, que partia de um detento do Presídio de Segurança Máxima de Campo Grande, para matar policiais em Três Lagoas.
Seis integrantes do grupo mataram um policial militar aposentado com vários disparos de arma de fogo no dia 6 de março de 2013, por volta das 23h50. Além de pronunciar os réus nos termos da denúncia, o juiz negou o pedido de liberdade para os acusados que teriam participado da morte do policial. O magistrado desmembrou o processo e dois dos 19 integrantes da organização, que não foram localizados, serão julgados separados. O dia do julgamento ainda não foi definido.
PRISÕES
O sobrinho do policial, de 33 anos, foi preso no dia 11 de março, na BR-262. Ele foi flagrado pelos policiais em uma van que seguia de Campo Grande para Corumbá. Segundo a Polícia Civil, ele teria indicado o nome do tio para o crime porque ele não andava armado e já era de idade.
Outros três suspeitos foram presos no estado de São Paulo, um deles, de 19 anos, em Presidente Prudente, outro, de 22 anos, em Castilho, e o último, de 32 anos, em Jales. Os outros seis suspeitos foram presos em Três Lagoas.
Os suspeitos foram indiciados pelos crimes de homicídio qualificado e formação de quadrilha. Obara afirmou que a investigação continua e enfatizou que os órgão de de segurança pública do estado já foram informados sobre o caso e estão atentos.
“A policia vai agir preventivamente para evitar novos crimes”, disse. Durante a investigação, a Polícia Civil conseguiu elaborar um esquema que indica a organização hierárquica dos integrantes da facção envolvidos diretamente e indiretamente na morte do policial militar. O suspeito de coordenar todas as ações criminosas é um detento, de 36 anos, do Presídio de Segurança Máxima, de Campo Grande.
