23/05/2016 – Atualizado em 23/05/2016
Ele afirmou que entrará em ‘licença’, mas ‘tecnicamente’ pedirá exoneração. Em conversa gravada, senador teria sugerido ‘pacto’ para barrar Lava Jato.
Por: Neto com informações do G1
Uma semana e meia após ser nomeado ministro do Planejamento, Romero Jucá (PMDB) anunciou nesta segunda-feira (23), sob vaias e protestos, que vai se licenciar do cargo a partir desta terça-feira (24).
Embora tenha anunciado “licença”, ele disse que “tecnicamente” vai pedir exoneração porque voltará a exercer o mandato de senador por Roraima. Jucá é investigado na Lava Jato e em outro processo no Supremo Tribunal Federal (STF).
A saída do governo ocorre no mesmo dia em que o jornal “Folha de S.Paulo” divulgou conversa em que Jucá sugere um “pacto” para barrar a Lava Jato ao falar com o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado. Machado negocia acordo de delação premiada com a Procuradoria-Geral da República – que detém o áudio.
Antes de dizer que ia se licenciar, Jucá afirmou em entrevista coletiva que não devia “nada a ninguém” e não via “nenhum motivo para pedir afastamento”. Disse também que o termo “estancar a sangria”, usado na conversa com Machado, se referia à economia.
O jornal publicou o áudio do diálogo e, horas depois, Jucá anunciou que deixaria o governo.