26/02/2016 – Atualizado em 26/02/2016
Por: MC/Redação com fotos de Rádio Caçula
Conforme foi divulgado nesta quinta-feira (25) neste portal de notícias, referente à ação do Ministério Público Federal (MPF) que bloqueio de R$ 945 mil da prefeita Márcia Moura (PMDB) e de sua Secretária de Saúde, Eliane Brilhante, após ser constado diversas irregularidades no prédio do SAMU e as más condições das viaturas, a Prefeitura Municipal de Três Lagoas – como forma de mudar o atual cenário da falta de viaturas – providenciou nesta sexta-feira (26) a recolocação de mais um ambulância no SAMU.
Ao invés de levar ao órgão uma viatura nova, o poder público municipal pegou dos seus veículos sucateados que estava no antigo Departamento de Obras e Serviços (DOS) e a recolocou ao trabalho diário no SAMU.
“Ela não tem qualquer tipo de condição de rodagem, até porque nem maca para carregar os pacientes ela possui. Além disso, falta material de trabalho como colar cervical entre outros. O volante desta ambulância está ruim e está eminente o risco de ocorrer acidentes a qualquer momento. Colocaram ela aqui para encher o pátio e dizer que temos viaturas para atender a população”, disse uma fonte.
A referida viatura Fiat Ducato ano 2010/11 de placas HTH 1227 já está desgastada devido à falta de manutenção e além de estar com grande parte da lataria amassada, não alcança grande velocidade para os atendimentos das ocorrências de urgência. Enquanto a prefeitura tenta “tampar o sol com a peneira”, às condições de trabalho no SAMU ainda parece estar longe de ficar em uma situação regular, mesmo com as penalidades impostas pelo MPF.
A DENÚNCIA
A ação foi proposta pelo Ministério Público Federal (MPF), que identificou deficiências no serviço. A lista de irregularidades começa pela desativação de três das cinco ambulâncias que atendiam a região. Dos veículos em funcionamento, apenas um foi encontrado em operação no fim do ano passado. Os outros dois estavam parados em oficinas, um deles há mais de 8 meses.
Outras falhas verificadas foram: falta material básico para atendimento nos procedimentos de urgência; não há lava jato para a limpeza das ambulâncias, falta de abrigo para os veículos; servidores alocados que não passaram por qualificação exigida para a atuação e falta sistema de gravação digital contínua para registro do atendimento por telefone e rádio.
As instalações físicas do SAMU foram encontradas em situação crítica. O prédio que abriga o serviço contém mofo e buracos nas paredes, piso desgastado, fiação elétrica à mostra, má iluminação, má ventilação, ausência de isolamento acústico, falta de manutenção dos aparelhos de ar condicionado, além de móveis sem condições de uso, falta de segurança, de extintores e de equipamentos de combate a incêndio; ausência de equipamentos de informática e internet; também foi registrada a alimentação precária fornecida aos integrantes das equipes.
De acordo com a Justiça, há “indícios sérios da precariedade e malversação dos recursos públicos destinados ao serviço essencial de saúde fornecido através do SAMU”.

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