15/01/2016 – Atualizado em 15/01/2016
64 servidores da saúde e 30 militares do Exército iniciarão a “guerra” na próxima segunda-feira
Por: Neto/Redação
Romeu de Campos Júnior recebeu em seu Programa Linha Direta com a Notícia, na Rádio Caçula, o Coordenador de Educação em Saúde Fernando Garcia e o Capitão Bottrel, Comandante da 2ª Companhia de Infantaria do Exército Brasileiro, para falar sobre a “Guerra contra a Dengue” e outros temas voltados para a saúde pública, de suma importância para a população de Três Lagoas (MS). Também participou da entrevista a Três-lagoense Sônia Aparecida de Camargo, cidadã dedicada ao estudo da legislação de saúde pública.
A operação conta com a participação de 64 servidores da saúde e trinta militares, e será iniciada na próxima segunda-feira (18) abrangendo inicialmente entre as quatro avenidas da cidade, ou seja, as atividades acontecerão no quadrante das Avenidas Rosário Congro, Capitão Olinto Mancini, Ranulpho Marques Leal e Filinto Muller.
Capitão Bottrel disse que a função dos militares é trabalhar junto da população no sentido de conscientizar e educar sobre os perigos para a saúde humana e as formas corretas de prevenção contra os focos de proliferação. A 2ª Companhia de Infantaria de Três Lagoas, MS, disponibilizou três equipes, cada uma com 10 militares, que foram capacitados pelos servidores do setor de educação em saúde para auxiliar na campanha.
Os militares atuarão das 07h às 13h durante a semana, acompanhando os profissionais da saúde nas visitas às residências, auxiliando nas informações aos cidadãos e eliminando os focos encontrados
Fernando Garcia falou sobre dificuldades de acesso nas residências fechadas, na recusa de moradores em permitirem o acesso dos profissionais da saúde em suas casas e no descarte de lixo doméstico em terrenos baldios, sendo necessário buscar estratégias para que os moradores entendam o tamanho do problema, pois atualmente o Brasil lida com a tríplice epidemia e não somente a dengue e, dentre as estratégias, a parceria com o Exército é essencial na “guerra contra o mosquito”.
O Coordenador enfatiza que, com a ampliação das grandes empresas instaladas no município, chegará aproximadamente quarenta mil pessoas, provenientes de todas as partes do país, principalmente da região Nordeste, onde são relatados casos de Zika vírus. “E se essas pessoas trouxerem o vírus em seus organismos? disse ele.
Sônia Aparecida questionou sobre a falta de planejamento da administração municipal, que concordou com a realização das grandes obras e não preparou adequadamente a saúde pública e não cobra das empresas ações mitigatórias do grande impacto na saúde para a sociedade, que garantam os serviços públicos obrigatórios e efetivos, principalmente na área da saúde.
MOSQUITO AEDES AEGYPTI
Segundo Fernando, o mosquito se adequou com o passar do tempo com o clima e venenos utilizados no Brasil e criaram resistência, ficaram maiores, com asas maiores e aumentaram a área de incidência, sendo que, inicialmente atingiam um raio de no máximo 300 metros e agora alcançam até 900 metros e, se alimentam o dia todo, antes eles se alimentavam somente nas primeiras horas da manhã e no entardecer hoje agem durante todo o dia e estão mais resistentes ao inverno. “Não tem como erradicar o mosquito, o que existe são formas de controle” ressaltou Fernando.
ESCORPIÕES
Fernando relata que os escorpiões encontrados em Três Lagoas são de média ou baixa toxicidade, porém podem levar a óbito crianças ou adultos que tenham alergia. Os escorpiões são atraídos por entulhos, madeiras, tijolos, telhas, restos de construção e se alimentam de baratas e insetos. Segundo ele, é necessário higiene ambiental, começando por nossas casas.
Para se prevenir de escorpiões em sua casa é necessário seguir os quatro A:
Acesso – evite deixar entradas em sua casa, coloque tampas nos ralos e barreiras nas portas e janelas;
Abrigo – evite situações em que os escorpiões possam se esconder, principalmente nos entulhos e materiais de construção nos quintais;
Alimento – evite infestação de insetos, principalmente baratas, os escorpiões só procuram as residências para se alimentarem;
Água – evite água acumulada.
FEZES DE POMBOS
O Coordenador ressalta que as fezes de pombos são prejudiciais para a saúde dos seres humanos, portanto, os pombos não devem ser alimentados na área urbana, pois são considerados “ratos de asas” devido as doenças que transmitem.
É necessário tirar os ninhos e colocar grades ou telas para impedir o acesso delas dentro das residências, salas ou quadras de esportes, e, ao iniciar a limpeza do local onde está depositada as fezes dos pombos é necessário jogar água para deixa-las úmidas antes de remove-las, pois a contaminação acontece quando na limpeza a seco, o pó que é levantando conduz o vírus da doença. Enfatizou o problema do grande numero dessas aves na área central da cidade, mais precisamente nas imediações do relógio central e da Praça Ramez Tebet.
CARAMUJOS
Segundo Fernando, o caramujo (caracol) não tem predadores naturais, e se dissemina em matérias orgânicas (folhas, frutos no chão, restos de alimentos) em quintais com muita sombra, pois eles sensíveis ao sol.
A pessoa não pode tocar no caramujo com as mãos nuas, ou seja, para pegar no caramujo é necessário uso de luvas ou proteção com sacola plástica, depois coloque os caramujos em sacolas plásticas e jogue sal ou cal para mata-los. Nunca esmagar os caramujos, pois as ovas podem se reproduzir e a pessoa pode se machucar no contato com a casca (carapaça) e se contaminar com o muco do caramujo.
O caramujo se alimenta das fezes dos ratos.
Veja a entrevista na íntegra





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