23/12/2015 – Atualizado em 23/12/2015
Luiz Carlos Alonso, ex-diretor do PROCON fala da sua saída
Três anos após seu pedido de demissão, o ex-diretor do Procon relata os verdadeiros motivos de sua saída.
Por: Neto/Redação
Romeu de Campos Júnior recebeu em seu Programa Linha Direta com a Notícia, na Rádio Caçula, o ex-Diretor do Procon (Programa de Defesa do Consumidor) de Três Lagoas (MS), Luiz Carlos Alonso, para falar sobre o seu tempo de atuação na função de diretor do Procon, no período de fevereiro de 2005 a junho de 2012 e os reais motivos do seu pedido de demissão.
Segundo Luiz Carlos, a Rádio Caçula foi a primeira emissora que lhe propiciou oportunidade para explicar para a população os reais motivos do seu pedido de demissão do órgão e, relatou a situação precária oferecida pela administração municipal quando o Procon iniciou suas atividades no município.
O o ex-diretor relata que o Procon de Três Lagoas foi a primeira cidade de Mato Grosso do Sul a estar ligada ao Sistema Nacional de Defesa do Consumidor, integrado nacionalmente ao Ministério da Justiça e, aproveitou a ocasião para agradecer ao Romeu de Campos Junior pela doação do primeiro aparelho de fax utilizado no Procon, pois antes dessa doação, os funcionários do órgão precisavam se deslocar até o prédio da prefeitura para enviar ou receber informações e documentos via fax. “Nesta época, as reclamações eram anotadas com caneta e com cópia em papel carbono” disse ele.
Luiz Carlos relata que na sua gestão, foi criado o CONDECOM (Conselho Municipal dos Direitos do Consumidor), para gerir o dinheiro proveniente da arrecadação do Procon e um dos motivos de sua saída foi exatamente o dinheiro desse fundo, pois os recursos oriundos deveriam ser utilizados somente na modernização do departamento e na capacitação dos servidores para garantir a qualidade de atendimento que a população necessita, mas no entanto, o dinheiro era controlado pelo Secretário de Finanças da época (Walmir Arantes) com a anuência da Prefeita Márcia Moura, através de uma conta bancária que não era do fundo do Procon
O ex-diretor disse que, um dos pontos mais agudos no seu relacionamento com o Secretário Walmir Arantes e a Prefeita Márcia Moura foi quando questionou junto a administração municipal o motivo do Procon não ter um carro próprio, e após a sua insistência foi enviado um Fiat Palio, do modelo básico e comprado por um preço que não concorda até hoje de R$ 33.000,00 (trinta e três mil reais).
Alonso ressaltou que nesse tempo o Procon não tinha uma conta própria para receber os recursos e convênios e o dinheiro arrecadado ia direto para uma conta da administração municipal, que autorizou a compra deste veículo. “O Procon não tinha controle do dinheiro arrecadado e um dos motivos de meu pedido de demissão foi a compra desse carro, que hoje ainda é mais caro que o preço de um do mesmo modelo zero km” afirma ele.
DPVAT (Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Via Terrestre)
Alonso ressalta que, Três Lagoas foi pioneira em oferecer o serviço da Central de Atendimento ao seguro obrigatório DPVAT, totalmente gratuito, pois esse serviço era fornecido por uma verdadeira máfia de agenciadores que exigiam das pessoas, comissão de 50% do valor arrecadado.
Luiz Carlos relembra que na sua gestão, o Procon foi um dos serviços públicos municipais, com a melhor aprovação da população.
Ao finalizar foi enfático em afirmar “estou à disposição da justiça para esclarecer e depor sobre tudo o que disse sobre a forma do uso do valor arrecadado pelo PROCON durante o meu período”







